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Transparência do TSE é antídoto para a ofensiva de Bolsonaro e seus militares

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O presidente Jair Bolsonaro (PL), no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira/Folhapress

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Desde que começou a espalhar mentiras sobre as urnas eletrônicas, Jair Bolsonaro (PL) foi incapaz de apresentar um fiapo de evidência que justificasse suspeitas ou merecesse atenção das autoridades.

Foi assim quando anunciou ter provas de uma suposta fraude nas eleições de 2018, que teria impedido seu triunfo no primeiro turno da competição. Nada havia que comprovasse a patranha.

No ano passado, numa de suas infames transmissões na internet, ele chegou a apresentar vídeos amadores e planilhas falsas em circulação na internet para insistir na fantasia, novamente em vão.

Faz tempo que seu intento se tornou evidente. O presidente semeia a confusão para tumultuar o processo eleitoral e abrir caminho para contestar o resultado das eleições de outubro se ele for desfavorável às suas pretensões.

Não é outro o sentido de sua ofensiva mais recente contra a Justiça Eleitoral —e causa desalento adicional assistir ao engajamento de representantes das Forças Armadas na pantomima encenada pelo mandatário irresponsável.

No início do ano, Bolsonaro anunciou que os militares haviam detectado vulnerabilidades nas urnas e alertado o Tribunal Superior Eleitoral. Divulgados os questionamentos feitos e as respostas do TSE, verificou-se que não havia nada de errado com os sistemas.

O chefe do Executivo voltou à carga nos últimos dias com duas sugestões estapafúrdias, a criação de uma central de apuração paralela para o Exército contar os votos e a contratação de uma empresa de auditoria por seu partido —que fará muito mal se embarcar em tal embuste— para analisar os sistemas da Justiça.

Como antes, não há nada que justifique tais medidas. Usadas no Brasil há mais de 25 anos, as urnas eletrônicas são confiáveis e tornaram as eleições mais seguras.

O TSE tem aperfeiçoado os dispositivos que garantem a segurança das máquinas e da contagem dos votos; vem também ampliando a transparência de seus procedimentos. Foi sua a iniciativa de convidar um representante das Forças Armadas para a comissão que acompanha o processo neste ano.

Ressalte-se que nenhuma das maluquices propostas pelo presidente figurou entre as sugestões apresentadas pelo general indicado para o grupo, o que torna ainda mais inusitada a participação dos militares na tresloucada campanha bolsonarista contra o TSE.

Caberá ao tribunal responder às provocações com os instrumentos à sua disposição. A transparência de suas ações será essencial para consolidar a confiança da população nas urnas eletrônicas e responder de forma decisiva aos que insistem em apostar na bagunça.

editoriais@grupofolha.com.br

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