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Otimismo em alta

Parcela dos que esperam melhora econômica tem salto; impacto no pleito é incerto

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Preços reduzidos em posto de combustíveis de São Paulo - Rivaldo Gomes/Folhapress

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A evolução recente dos indicadores econômicos já se reflete nas pesquisas sobre a confiança da população. O Datafolha revela que o otimismo do eleitorado atingiu o patamar mais elevado desde 2019.

A parcela dos que esperam que a situação do país vá melhorar passou de 33% na sondagem anterior, de junho, para 48% agora. O grupo dos brasileiros pessimistas com o futuro caiu de 34% para 18%.

Também mudou sensivelmente a percepção em relação às perspectivas individuais. Os que esperam melhora de sua própria condição são 58%, numa alta de 11 pontos percentuais; pensam o oposto apenas 8%, queda de 7 pontos.

Os humores, tudo indica, são influenciados pelos dois fatores mais críticos para o bem-estar econômico —emprego e custo de vida.

Depois de quase dois anos de alta acelerada dos preços de produtos essenciais, como alimentos, combustíveis e energia, agora há sinais de arrefecimento da inflação.

Apesar de a alta acumulada em 12 meses do IPCA, índice de referência para o Banco Central, ainda ter ficado em 10,07% até julho, houve finalmente uma redução material —com a deflação de 0,68% no último mês da pesquisa.

O barateamento dos combustíveis, resultado de intervenção nos impostos, foi o principal motivo, mas houve também acomodação em preços industriais, que já respondem às menores pressões do mercado internacional e à valorização recente do real.

Entretanto ainda não caíram os preços dos alimentos, grupo que mais pesa na cesta de consumo dos mais pobres —o que ajuda a explicar o menor otimismo entre os que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.424 mensais).

Quanto ao emprego e à renda, o desempenho também tem sido benigno. No trimestre encerrado em junho, a taxa de desocupação caiu para 9,3%, a menor desde o final de 2015, e tem sido surpreendente a rapidez da criação de vagas, formais e informais.

Mesmo com o rendimento ajustado pela inflação ainda cerca 5% abaixo do patamar do ano passado, a última pesquisa do IBGE revela que a massa salarial (a remuneração média multiplicada pelo número de ocupados) está em alta.

Mais incerto é o impacto desses números nas pesquisas de intenção de voto. Embora Jair Bolsonaro (PL) tenha reduzido a distância em relação a Luiz Inácio Lula da Silva, o petista ainda lidera com folga.

Embora expressiva, a melhora das expectativas é recente, bem como o aumento eleitoreiro dos valores do Auxílio Brasil. E estão frescas as memórias dos dias difíceis —42% dos brasileiros aptos a votar consideram que sua situação pessoal piorou nos últimos meses, ante 26% que viram avanço.

editoriais@grupofolha.com.br

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