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Projeção de médio prazo do FMI preocupa; Brasil precisa se preparar para desafio

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Fachada da sede do Fundo Monetário Internacional, em Washington (EUA) - Olivier Douliery/AFP

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Mesmo com desafios econômicos e tensões geopolíticas, as mais recentes projeções do Fundo Monetário Internacional sugerem alguns avanços no curto prazo.

A instituição elevou para 3,2% anuais a expectativa de expansão da atividade global para 2024 e 2025, ao passo que continua a indicar redução gradual da inflação para 2,4% até o final do ano que vem.

Trata-se de estimativa auspiciosa, impulsionada notadamente pela melhor perspectiva para os Estados Unidos e alguma revisão de alta para mercados emergentes. No caso brasileiro, o fundo espera que o PIB cresça 2,2% neste ano —0,7 ponto percentual a mais que antes.

Não há que se contentar, entretanto, com tais números. Primeiro porque há declínio considerável ante a média de 3,9% anuais observada no período 2000-2019, o que indica redução de dinamismo.

Mas é o cenário para os próximos cinco anos e adiante que inspira preocupação. Segundo o FMI, a taxa de crescimento potencial da economia mundial será de apenas 2,8% em 2030, patamar que provavelmente dificultará a continuidade do processo de redução de desigualdades, tanto no âmbito doméstico como entre países e regiões.

Com o envelhecimento da população, a força de trabalho crescerá bem menos no futuro. Outros obstáculos, como alto endividamento dos governos, que eleva os custos de financiamento, também devem impactar investimentos.

Há tendência de aprofundamento das diferenças entre nações. Fatores como qualificação de mão de obra, regulação de mercados que favoreça concorrência, uso eficiente de recursos e capacidade de mobilizar positivamente a inteligência artificial serão críticos.

Tais temas, contudo, não estão no centro do debate brasileiro, que continua dominado por emergências conjunturais e falta de visão política. O governo atual, assim como anteriores, não se propõe a formular estratégias contínuas e de longo prazo.

Qualificar mão de obra, impulsionar o setor do trabalho, reduzir ineficiências regulatórias, fomentar abertura e concorrência nos mercados, sem falar no essencial ajuste fiscal, são só algumas das iniciativas necessárias para preparar o país para os desafios vindouros.

editoriais@grupofolha.com.br

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