Mesmo em viagem a Barcelona, na semana passada, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, se tornou um tema central no governo.

O político é alvo de uma série de suspeitas, reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo. Já no cargo, ele recebeu diárias do governo por dias sem agenda oficial em viagens —em uma delas, participou de leilões de cavalos. Antes de ser ministro, direcionou verba do Orçamento para asfaltar uma estrada que corta sua fazenda e teria cometido irregularidades na campanha de 2022, quando se elegeu deputado federal pelo Maranhão.

Juscelino Filho disse que devolveu o valor de diárias de viagens e nega as outras acusações. No fim de semana, ele escreveu em uma rede social que está comprometido em esclarecer as denúncias que chamou de infundadas.

Ele chegou à Esplanada na cota da União Brasil, partido que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contemplou na formação do governo para tentar formar uma base parlamentar e viabilizar seu terceiro mandato.

As suspeitas sobre o titular das Comunicações e casos envolvendo os outros dois indicados pela legenda, porém, vêm tornando a União Brasil um incômodo para o governo. Nesta segunda (6), Lula deve ter uma reunião para definir a situação de Juscelino.

Neste episódio do Café da Manhã, o colunista da Folha Bruno Boghossian analisa o impacto das suspeitas sobre os indicados pela União Brasil ao governo.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Carolina Moraes e edição de som de Thomé Granemann.