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PM sem identificação empurra repórter do UOL pelas costas em manifestação

Luís Adorno gravava um princípio de tumulto entre três jovens identificados como neonazistas e manifestantes contrários ao governo Bolsonaro

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Luís Adorno
São Paulo | UOL

Um policial militar sem identificação na farda empurrou pelas costas o repórter do UOL, Luís Adorno, enquanto ele gravava um princípio de tumulto entre três jovens identificados como neonazistas e manifestantes contrários ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), no início da tarde de hoje, na avenida Paulista.

Policial militar (à direita da imagem, de óculos) empurrou repórter do UOL que filmava discussão pelas costas em manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista, em São Paulo. - Luís Adorno/UOL

Ao ser empurrado, o celular do repórter caiu no chão e teve a tela danificada. A comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) lamentou a ação. Não havia aglomeração de pessoas. Segundo testemunhas, o policial empurrou para atrapalhar o registro.

O repórter procurou o policial, questionou sua identificação e afirmou que ele não precisava ter cometido a agressão. O PM, em tom intimidatório, afirmou: "Vem cá, vamos trocar uma ideia, o que você falou aí? O que você falou aí?". Em seguida, xingou o repórter com um palavrão.

A situação ocorreu após três jovens terem passado em frente à manifestação com símbolos nazistas. Manifestantes antifascistas tentaram expulsá-los do local. Ao chegar próximo de uma viatura da PM estacionada, um dos manifestantes antifascistas denunciou os três neonazistas aos PMs.

A agressão do PM contra o repórter ocorreu enquanto ele gravava uma discussão entre os antifascistas, os neonazistas e os policiais militares.

Rafael Ferreira Souza, antifascista, testemunhou a agressão. "Você pegou o celular para filmar o que estava acontecendo e chegou o policial e te esbarrou de propósito, isso aí todo mundo viu, de propósito, pra você não filmar o que tava acontecendo", afirmou.

O capitão da PM Rogério da Silva Julio orientou o repórter a enviar as informações para a Corregedoria para que seja apurado e afirmou que esse tipo de atitude não é tolerável.

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