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Lula lança Boulos candidato a prefeito de São Paulo em 2024

Líder sem-teto abriu mão da disputa ao Governo de São Paulo neste ano e deve receber apoio do PT na eleição municipal

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Santo André (SP)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou a candidatura do líder sem-teto Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo em 2024.

"Temos que fazer a Presidência, o Governo de São Paulo e, em 2024, vamos fazer o Boulos prefeito de São Paulo. A gente vai consertar o país", disse Lula na manhã desta sexta (25).

O ex-presidente Lula e o líder sem-teto Guilherme Boulos em condomínio do MTST em Santo André (SP) - Marlene Bergamo/Folhapress

O petista voltou a afirmar que também é importante a votação para nomes no Congresso Nacional, e não somente à Presidência. "Quem faz as leis é o Congresso. E hoje nós temos esse orçamento secreto que ninguém sabe para onde está indo o dinheiro."

Lula participou de visita aos condomínios Santo Dias e Novo Pinheirinho, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em Santo André, nesta sexta-feira (25). Ele estava acompanhado de Boulos e do pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes pelo PT, Fernando Haddad.

Esse é o primeiro encontro público entre os três líderes após o anúncio de desistência da candidatura de Boulos para o Governo de São Paulo.

Coordenador do MTST, Boulos anunciou na segunda (21) que desistiu de disputar o Executivo estadual e que será candidato a deputado federal pela legenda. Em seu discurso, nesta sexta, Boulos cumprimentou Haddad como o "futuro governador de São Paulo".

"Quero cumprimentar o futuro governador do estado de São Paulo. Que eu espero que possa liderar uma frente para a gente derrotar o 'tucanistão' aqui no estado", afirmou o líder sem-teto.

Apesar da desistência de Boulos, o PSOL ainda irá debater internamente se apoia ou não o nome de Haddad.

"Política se faz com gestos. Nós temos um gesto importante no início desta semana para fortalecer a unidade da esquerda dos progressistas em São Paulo e no Brasil. Quero agradecer o gesto do Haddad e do Lula aqui hoje prestigiando a luta do MTST", seguiu Boulos.

Líder nas pesquisas eleitorais, Lula voltou a criticar a política de preços praticada pela Petrobras e afirmou que é contrário à privatização da Eletrobrás.

"A Petrobras vai voltar a ser brasileira", disse Lula. "O nosso salário é em real, tudo o que a gente faz é em real, por que a gente tem que pagar o preço da gasolina, do gás e do óleo diesel em dólar?".

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (24) mostrou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou ter recuperado um pouco de fôlego na corrida para o Palácio do Planalto e chegou a 26% de intenções de voto na disputa, que segue sendo liderada por Lula, com 43%.

"Se Deus quiser vamos voltar a governar o país e fazer o povo ser tratado com dignidade outra vez. É preciso respeitar as pessoas independentemente de sua origem social", continuou Lula.

O petista também atacou Bolsonaro, dizendo que ele "só fala sobre armas" e nunca falou as palavras "educação" e "livros".

Lula criticou ainda o ex-procurador da República Deltan Dallagnol e disse que a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) o deixou "feliz".

Nesta semana, a Quarta Turma do STJ decidiu que Deltan deve pagar indenização de R$ 75 mil por danos morais ao petista por "ataques à honra" na entrevista na qual divulgou a denúncia do tríplex em Guarujá (SP).

"A gente estava reivindicando R$ 1 milhão e a Justiça concedeu só R$ 75 mil. E ele já fez campanha dizendo que não poderia pagar e arrecadou mais. Então agora talvez a gente, com recurso, possa cobrar mais, porque se ele pode arrecadar, ele pode pagar mais. O dado concreto é que eles não estavam acostumados com gente decente nesse país", disse Lula.

"Eles vão aprender a nos tratar diferente. Vocês se preparem Boulos, Haddad, [Luiz] Marinho, todos que são candidatos, eles não vão perdoar, porque eles não gostam da gente pela nossa posição ideológica, pela nossa posição de inclusão social e de respeito ao povo trabalhador e pobre", finalizou.

Após os discursos, Lula seguiu para visitar apartamentos do condomínio.

Segundo comunicado enviado à imprensa, o conjunto de prédios visitado é a maior obra financiada pelo programa Minha Casa Minha Vida - Entidades, que foi lançado no governo petista em 2009, e construído pelo MTST em 2012.

Ao todo, cerca de 910 famílias do movimento moram nos condomínios. Em seguida, Lula irá almoçar na Cozinha Solidária, do MTST.

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