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Descrição de chapéu Eleições 2022

Miguel Coelho diz que PSB de PE está esfacelado e chama apoio a Lula de oportunismo

Em sabatina Folha/UOL, pré-candidato ao governo do estado disse que PSB pernambucano está órfão de líderes

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Salvador

O pré-candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil), disse que o PSB está esfacelado e órfão de líderes desde a morte do ex-governador Eduardo Campos, vitimado por um acidente aéreo em 2014.

Em sabatina à Folha e ao UOL, o ex-prefeito de Petrolina defendeu a eleição de um nome da oposição ao governo do estado, interrompendo um ciclo de 16 anos do PSB no comando do estado.

"[O PSB tem] um projeto que, a meu ver, está esgotado, e não oferece mais nada ao povo pernambucano que não seja atraso e desesperança [...] A gente vê um PSB esfacelado, sem rumo, sem liderança, sem iniciativa, sem ação e que quem paga o preço é o povo pernambucano", afirmou.

Miguel Coelho foi filiado ao PSB de 2012 a 2019, partido pelo qual foi eleito prefeito de Petrolina (715 km do Recife) em 2016. Reeleito em 2020 pelo MDB, ele migrou para a União Brasil e renunciou ao cargo para concorrer ao governo. PSC e Podemos estão no seu arco de alianças.

Pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo União Brasil, Miguel Coelho é sabatinado nesta quarta-feira (8). A sabatina é conduzida por Fabíola Cidral e pelos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da Folha de S. Paulo.. (Foto: Reprodução/UOL) - Reprodução/UOL

Sobre a política nacional, Coelho classificou como oportunista o apoio do PSB de Pernambuco ao ex-presidente Lula (PT), disse que sua parceria com o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi administrativa e defendeu a candidatura de Luciano Bivar (União Brasil) ao Planalto.

"Não acredito na política do oportunismo. Hoje quem defende Lula é o mesmo que dois anos atrás chamou o PT e Lula de quadrilha", disse Coelho, em uma referência ao discurso antipetista adotado pelo então candidato e hoje prefeito do Recife, João Campos (PSB).

O ex-prefeito de Petrolina também explicou a declaração na qual disse que Lula é um "patrimônio do Brasil". Ele evitou sinalizar apoio ao petista e disse que afirmação foi uma deferência a um ex-presidente e que falaria o mesmo dos demais.

"A minha fala sobre o ex-presidente Lula é que todo ex-presidente, assim como Bolsonaro, Michel Temer [MDB] e até Dilma [PT] fazem parte da história do Brasil. Ninguém pode negar que de todos esses ex-presidentes a gente tira aprendizados", disse.

Ele defendeu a candidatura de Bivar e disse que fará campanha para o candidato de seu partido: "Vamos defender o seu nome neste primeiro turno, até para oferecer um caminho alternativo ao país e não ficar nesse pingue-pongue, nessa polarização que se retroalimenta".

Filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), Miguel buscou se desvencilhar da atuação política do pai, que foi líder do governo Bolsonaro no Senado e um dos principais defensores do presidente na CPI da Covid no Senado.

"Cada um tem seu próprio CPF, sua própria história e biografia. O senador Fernando tem a dele e eu tenho a minha", afirmou o pré-candidato.

Por outro lado, defendeu o pai em relação ao uso de emendas do relatou da Codevasf, órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, cujas obras em Petrolina têm suspeitas de irregularidades.

Destacou que as suas parcerias com o presidente aconteceram no campo administrativo e que, como prefeito de Petrolina, tinha obrigação de buscar recursos junto ao governo federal.

Miguel Coelho também comentou a pré-candidatura o governo de Marília Arraes (Solidariedade) e disse que ela veio para somar no campo da oposição.

Afirmou ainda que está aberto a uma possível aliança com o PSDB, que lançou a ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra ao governo. E destacou que espera reciprocidade dos tucanos ao apoio da União Brasil em estados como São Paulo e Paraíba.

O pré-candidato destacou que Pernambuco tem desafios a enfrentar no combate às desigualdades sociais, na saúde e segurança pública.

Disse ainda que o estado precisa de um governador que tenha habilidade política para conseguir recursos federais e da iniciativa privada. E que, se eleito, vai atuar com pragmatismo: "Essa é a boa política: a que não vê cores partidárias, a que vê problemas e soluções".

Sobre as chuvas que deixaram 129 mortos nas últimas semanas em Pernambuco, Coelho disse que governo Paulo Câmara (PSB) foi omisso nas políticas de prevenção a desastres.

Destacou que, nos últimos oito anos, Pernambuco gastou R$ 550 milhões em propaganda, mas apenas R$ 40 milhões em drenagem e R$ 130 milhões em habitação.

"Isso mostra falta de iniciativa, falta de capacidade resolutiva e a falta de prioridade. Priorizou propaganda ao invés de priorizar ação e trabalho de prevenção. E nós sofremos com o pior prejuízo que poderia ser, que a vítima do povo Pernambucano", disse.

Ele ainda destacou que as prefeituras da região metropolitana do Recife também têm responsabilidade em obras de drenagem, contenção de encostas e habitação.

A crítica mirou o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PL), que deixou o comando da prefeitura e também concorre ao governo.

O cancelamento dos festejos juninos no Recife por causa das chuvas também foi criticado pelo pré-candidato. Ele disse que a decisão do prefeito João Campos foi um erro e que vai gerar impactos no setor cultural da cidade: "Parece uma piada de mau gosto".

Sobre a escalada da violência em Pernambuco nos últimos anos, Coelho destacou que o Pacto pela Vida, política de segurança pública criada na gestão Eduardo Campos (2007-2014), está falido e só existe na propaganda.

Disse que as polícias precisam de valorização salarial e de condições de trabalho. E defendeu parcerias com prefeituras: "A gente defende uma política de segurança integrada, trazendo as guardas municipais para trabalhar em parceria com a PM e a Polícia Civil".

Miguel Coelho destacou que é preciso aliar políticas de prevenção, incluindo melhoria da iluminação pública e ações sociais em parcerias com igrejas, e políticas de repressão.

"Bandido não pode achar que tem direito aqui em Pernambuco. Quem tem direito, quem tem obrigações, quem tem que ser respeitado é a polícia. Bandido não pode ter vida fácil como está tendo em nosso estado", disse o pré-candidato, destacando que não coaduna com abusos e excessos de policiais.

A série de sabatinas com pré-candidatos ao Governo de Pernambuco é promovida pela Folha e pelo UOL e começou nesta segunda-feira (6) com Marília Arraes.

Na quarta-feira (8), às 16h, o convidado é o deputado federal Danilo Cabral. Na quinta (9), a entrevistada será Raquel Lyra (PSDB), às 10h, e o escritor Jones Manoel (PCB).

Também estão confirmados para entrevista o ex-prefeito Anderson Ferreira (PL), na sexta (10), às 10h, e o advogado João Arnaldo (PSOL), no mesmo dia, às 16h.

A sabatina foi conduzida por Fabíola Cidral e pelos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da Folha.

CONFIRA AS DATAS DAS SABATINAS E DOS DEBATES

Sabatinas presidenciais

  • 2º turno - de 10 a 14/10

Debates presidenciais

  • 2º turno - 13/10, às 10h

Debate com candidatos à Vice-Presidência

  • 1º turno - 29/9, às 10h

Debate com candidatos ao Senado

  • 1º turno - 27/9, às 10h

Sabatinas com pré-candidatos ao Governo de SP

  • 2º turno - de 17 a 21/10

​Demais sabatinas

  • Semana de 13/6 - RS
  • Semana de 20/6 - CE

Debates com candidatos ao Governo de SP

  • 1º turno - 19/9, às 10h

  • 2º turno - 20/10, às 10h

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