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Áudio de vídeo em que Bolsonaro humilha Michelle em aparente discussão no 7 de Setembro é falso

Conteúdo que circula no WhatsApp mostra cena exibida pela TV Brasil, mas fala do presidente foi inserida, segundo peritos

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São Paulo

Circula no WhatsApp trecho de transmissão feita pela TV Brasil que mostra aparente discussão entre o Jair Bolsonaro (PL) e Michelle Bolsonaro com um áudio falso em que o presidente estaria maltratando a primeira-dama. Na montagem, ele estaria, à base de palavrões e humilhação, obrigando-a a "subir lá e sorrir pra todo mundo".

A imagem exibida no vídeo é verdadeira. É de uma transmissão ao vivo da TV Brasil no 7 de Setembro, no momento em que o comboio presidencial se preparava para deixar o Palácio da Alvorada, em Brasília, em direção à Esplanada dos Ministérios, para o desfile do Bicentenário da Independência.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, discursa após de desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília - Gabriela Biló - 7.set.22/Folhapress

No trecho, de 13 segundos, Bolsonaro está em pé, do lado de fora de um carro, conversando com Michelle, que está no banco do passageiro —o diálogo parece tenso. A cena é cortada por alguém que abaixa a câmera e a TV Brasil, emissora oficial do governo, muda a imagem.

O áudio, porém, foi inserido na gravação posteriormente. Segundo o perito forense, professor e especialista em materiais multimídia Mauricio de Cunto, da empresa Fonolab, o vídeo "é comprovadamente editado". Ele afirmou à Folha que "a gravação é considerada imprestável" e há "provas claríssimas de manipulação fraudulenta".

Outro perito que analisou o conteúdo a pedido da reportagem, Mario Alexandre Gazziro, professor de engenharia da informação na UFABC (Universidade Federal do ABC), também concluiu que a gravação é falsa.

"O áudio tem apenas 6% de similaridade com a voz de Bolsonaro, o que pode ser considerado um ruído", diz ele.

O episódio, segundo a coluna Painel, da Folha, pode prejudicar a campanha eleitoral de Bolsonaro, já que o apoio da primeira-dama tem sido visto como essencial para ele conquistar o voto feminino na corrida à reeleição.

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