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Artista une tradição e tecnologia para retratos de Lula e Bolsonaro

Pernambucano Filippe Lyra usou recursos digitais para criar as pinturas dos 2 candidatos

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São Paulo

Nascido em Olinda (PE) e radicado na cidade de São Paulo desde 2008, Filippe Lyra transita entre os universos da tradição e das linguagens contemporâneas.

Dedica-se à pintura a óleo, técnica usada há pelo menos cinco séculos, e recorre à tecnologia para produzir curtas e outras criações digitais.

Nos retratos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) feitos por ele especialmente para a Folha para este 2º turno, o artista de 39 anos manteve essa dualidade. As pinturas têm um ar clássico, mas, ao contrário do que parece, foram feitas com uma ferramenta chamada mesa digitalizadora.

Retratos de Lula e Bolsonaro feitos pelo artista pernambucano Filippe Lyra para a edição da Folha do segundo turno das eleições de 2022 - Folhapress

Lyra explica que não haveria tempo de fazer pinturas do jeito convencional. Além disso, a edição do jornal precisaria dos retratos em diferentes ângulos, uma exigência que se torna mais viável com a tecnologia. De qualquer modo, para o artista, "o pensamento pictórico é o mesmo".

"Um retrato pode imprimir uma infinidade de sensações no espectador. Uma sombra a mais e a relação entre as partes e o todo se modifica muitíssimo", diz ele, que levou dois dias para concluir as pinturas.

"O desafio ao retratar pessoas amplamente conhecidas é justamente editar estas características anatômicas distintas sem perder certa verossimilhança. Encontrar este equilíbrio de expressão entre os candidatos foi o meu desafio."

Lyra se graduou em artes plásticas na Universidade Federal de Pernambuco e, mais tarde, fez cursos na Noruega e na Suécia. Admira pintores austríacos da virada do século 19 para o 20, como Gustav Klimt e Egon Schiele.

Mas quem o guiou, de fato, para a pintura foi sua mãe, Selice, que participou de alguns salões de arte em Pernambuco. A influência do pai se deu de outra maneira: policial que atuava no combate ao desmatamento no interior do estado, Edelry viajou diversas vezes com o filho e o ensinou a contemplar a natureza.

Ligado a uma igreja batista, Lyra admite a presença da espiritualidade nos seus trabalhos, mas não de maneira óbvia. "Não diria que a religião me influencia. Há um relacionamento entre arte e espiritualidade. As inspirações são presentes que Deus me dá."

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