Bolsonaro muda discurso e agora fala em negociar fim das emendas de relator se reeleito
Presidente disse que tentará revisar mecanismo usado para influenciar votações no parlamento
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (24) que trabalhará para extinguir as emendas de relator do Congresso caso seja reeleito na eleição presidencial do próximo domingo.
"Eu pretendo negociar o ano que vem, se eu for reeleito obviamente, a extinção deste dito orçamento secreto", afirmou.
O mandatário disse que perde poder com essas emendas porque boa parte do Orçamento acaba ficando com o Legislativo. As emendas de relator tornaram-se um dos principais mecanismos do governo para aprovar pautas no parlamento e sua liberação costuma ser negociada entre as cúpulas da Câmara dos Deputados e do Executivo, principalmente às vésperas de votações importantes.
O assunto foi amplamente explorado pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa com Bolsonaro. O presidente nunca havia falado em negociar o fim dessas verbas.
Essas emendas são distribuídas por critérios políticos, sem transparência e permitem que congressistas mais influentes possam abastecer seus redutos eleitorais.
Segundo Bolsonaro, a ideia é "negociar com o parlamento até que ponto nós podemos discutir quem vai liberar esses recursos".
O presidente reclamou do fato de a liberação dessas emendas passar por apenas um parlamentar, o relator da Comissão Mista de Orçamento do Congresso. "No momento é uma pessoa, é um deputado federal um ano, um senador no outro que tem mais poderes do que eu", afirmou
O mandatário disse que esse parlamentar "passou a ser o dono da função mais importante do Brasil" e que "isso não é justo".
E prosseguiu: "É um desgaste para todo mundo. Quem está pagando a conta sou eu. Eu não tenho acesso, eu queria ser dono desse orçamento secreto", afirmou o mandatário em entrevista ao Metrópoles.
O presidente disse acreditar que foi eleito um Congresso com outro perfil e, por isso, terá mais poder para influenciar no debate sobre o tema.
"Com o novo parlamento, que ficou muito mais para o centro-direita, eu pretendo negociar", afirmou.
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