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Bolsonarista suspeito de tentar explosão com bomba em Brasília se entrega à polícia

Alan Diego Rodrigues estava foragido desde operação contra vandalismo em Brasília

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Cuiabá e Brasília

O bolsonarista Alan Diego Rodrigues, suspeito de ter participado da tentativa de atentado a bomba próximo ao Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro, se entregou à polícia nesta terça-feira (17).

Alan Diego se apresentou na Polícia Civil da cidade de Comodoro, em Mato Grosso. Ele estava foragido desde o dia 29 de dezembro, quando foi deflagrada a operação Nero.

Nessa apuração, a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal encontraram indícios da participação do apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também na tentativa de invasão do prédio da PF e posterior atos de vandalismo nas ruas de Brasília.

Alan Diego dos Santos, suspeito de envolvimento com tentativa de explodir bomba em Brasília - Divulgação/Polícia Civil

Alan se entregou após negociação da família com a polícia, que havia realizado buscas em duas propriedades rurais e uma residência do suspeito.

De acordo com o delegado Ricardo Marques Sarto, responsável pela prisão, as conversas começaram na semana passada, após buscas em uma região rural.

"Conseguimos estabelecer contato com um popular que em tese teria contato com o Alan Diego. E diante de algumas argumentações e exposição de alguns fatos, conseguimos fazer com que ele se entregasse", afirmou.

Alan Diego se apresentou à polícia sozinho, sem advogado. A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, autorizou a transferência do preso para Brasília —ele passará por audiência de custódia via videoconferência.

O bolsonarista entrou na mira da polícia após George Washington Souza, 54, preso em 24 de dezembro como suspeito de arquitetar o atentado com bomba, relatar em depoimento à polícia que Alan Diego seria seu auxiliar.

Washington foi ao acampamento bolsonarista no QG do Exército na sexta (23) e deixou o artefato "já preparado" com Alan. O explosivo foi instalado em um caminhão de combustível carregado com 60 mil litros de querosene de aviação.

"Eu entreguei o artefato a Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, não concordei com a ideia de explodir no estacionamento do aeroporto. Porém, eu soube pela TV que a polícia tinha apreendido uma bomba no aeroporto e que o Alan não tinha seguido o plano original", disse em sua oitiva.

Após a tentativa dos ataques terroristas a segurança no Distrito Federal foi reforçada até a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 1º de janeiro.

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