O Supremo Tribunal Federal lançou nesta terça-feira (17) uma campanha publicitária em defesa da democracia, em resposta aos ataques de militantes golpistas, que invadiram a sede do Judiciário, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto no último dia 8.
A campanha leva o nome "Democracia Inabalada". O material será veiculado na TV Justiça e nas redes sociais do STF.
O primeiro vídeo mostra imagens do prédio do STF, do plenário e outras dependências, e de outras sedes dos Três Poderes inteiros, antes da destruição promovida pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Um texto então faz referência aos ataques e termina afirmando que a democracia não vai se curvar.
"Vidraças foram quebradas. Estátuas foram derrubadas. Cadeiras foram arrancadas. Mas a defesa da Constituição segue inabalada", afirma o texto.
O ministro do STF Alexandre de Moraes publicou o vídeo em suas redes sociais, chamando de terroristas os manifestantes golpistas que promoveram as cenas de destruição e vandalismo.
"O STF foi danificado por terroristas. Mas as instituições não são feitas só de tijolos, são feitas de pessoas, coragem e determinação. Vamos reconstruir as estruturas e mostrar que a CF [Constituição Federal] e a democracia seguem mais fortes do que nunca", escreveu o ministro.
No último dia 8, um domingo, apoiadores de Bolsonaro promoveram um grande ato golpista em Brasília, no qual avançaram sobre as forças de segurança e invadiram o Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo. Deixaram um rastro de destruição por onde passaram.
O prédio do Supremo Tribunal Federal foi um dos mais danificados. Os golpistas quebraram vidros, invadiram o plenário da Casa, arrancaram cadeiras. Até mesmo a porta de um armário, com a inscrição do nome de Alexandre de Moraes, que se tornou desafeto de Bolsonaro e dos bolsonaristas, foi arrancada e levada como troféu
No dia seguinte aos ataques, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu no Planalto para uma reunião governadores e representantes dos Três Poderes. Depois do encontro, todos caminharam até o Supremo, em um sinal de união contra o extremismo.
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