Siga a folha

Lula diz que Bolsonaro tem culpa sobre atos de vandalismo em Brasília

Presidente afirmou ainda que os ataques foram uma 'tentativa de golpe por gente preparada'

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (18) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem culpa sobre os ataques golpistas que ocorreram em Brasília no último dia 8.

Lula afirmou ainda que os atos de depredação e vandalismo promovidos pelos manifestantes golpistas durante invasão das sedes dos três Poderes foram uma "tentativa de golpe por gente preparada".

"Eles esperaram uma semana e tentaram dar um golpe. Porque o que houve aqui foi uma tentativa de golpe. Uma tentativa de golpe por gente preparada. Eu não sei se o ex-presidente mandou, o que eu sei é que ele tem culpa porque ele passou quatro anos instigando o povo a ter ódio, mentindo para a sociedade brasileira e instigando que o povo tinha que estar armado para garantir a democracia", afirmou o petista.

O presidente Lula em evento com centrais sindicais no Palácio do Planalto - Gabriela Biló/Folhapress

Na semana passada, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu e o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou que Bolsonaro fosse incluído no inquérito que apura a instigação e autoria intelectual dos ataques golpistas que resultaram na depredação das sedes dos três Poderes.

A inclusão de Bolsonaro no rol de investigados foi decidida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O presidente participou nesta quarta de evento no Palácio do Planalto com representantes das centrais sindicais. Nele, Lula assinou portaria interministerial que cria um grupo de trabalho para elaboração de projeto de lei que institui a política de valorização do salário mínimo. O grupo terá vigência de 45 dias, renováveis por igual período.

Essa não é a primeira vez que Lula se refere aos atos como uma tentativa de golpe. Em reunião com governadores no último dia 9, o presidente afirmou que os militantes golpistas que invadiram as sedes dos três Poderes não tinham uma pauta de reivindicações e que apenas queriam um "golpe e golpe não vai ter".

"Eles querem é golpe, e golpe não vai ter. Eles têm que aprender que democracia é a coisa mais complicada para a gente fazer, porque exige gente suportar os outros, exige conviver com quem a gente não gosta", disse Lula naquele momento.

Em encontro com jornalistas, na semana passada, o presidente expôs desconfiança com a segurança do Palácio do Planalto ao dizer que tinha convicção de que policiais e militares deixaram os manifestantes golpistas invadirem a sede do Poder Executivo, e afirmou que as Forças Armadas não são "poder moderador como pensam que são".

Nesta terça-feira (17), Lula dispensou 40 militares que atuavam na Coordenação de Administração do Palácio do Alvorada. O presidente deverá se reunir, ainda nesta semana com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha para discutir a modernização das Forças Armadas.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas