Haddad diz ver risco de novos ataques em Brasília, mas que democracia não está ameaçada

Em Davos, ministro ressalta união entre os Poderes diante de ameaças

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Davos (Suíça)

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou ver riscos de um novo ataque semelhante ao de 8 de janeiro em Brasília, mas disse que isso não é razão para preocupações com a democracia brasileira.

Haddad está em Davos, na Suíça, onde participa do encontro anual do Fórum Econômico Mundial. Os ataques do dia 8 aumentaram os questionamentos ao ministro sobre os riscos à democracia do país.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, no Fórum Econômico Mundial, em Davos - Fabrice Coffrini - 17.jan.23/AFP

"Acredito que há possibilidade de surpresas aí, porque são células que se organizam muito rapidamente e com um princípio estabelecido pela narrativa do ex-presidente [Jair Bolsonaro], que despertou paixões irreconciliáveis com a democracia", afirmou.

Ele acrescentou, no entanto, que "não é um outro tipo de enfrentamento institucional" quando comparado à invasão do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, em uma tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden, em 6 de janeiro de 2021.

O ministro diz acreditar que a mensagem passada por ele e sua colega Marina Silva (Meia Ambiente) tenha mitigado as dúvidas de autoridades e investidores estrangeiros, sobretudo pela demonstração de união entre os Poderes —essa avaliação é corroborada por participantes do Fórum ouvidos pela reportagem.

"Acho que o que o Brasil demonstrou nesse ataque foi que as instituições se uniram."

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