Siga a folha

Descrição de chapéu STF Folhajus indígenas

Rosa Weber lança 1ª Constituição traduzida no AM e fala em compromisso com indígenas

Presidente do STF promove no interior do Amazonas versão da Carta para a língua nheengatu

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Rosa Weber, lançou nesta quarta-feira (19) no Amazonas a primeira versão da Constituição traduzida para uma língua indígena e disse que a iniciativa é um "símbolo do compromisso de garantir que aos povos indígenas acesso à Justiça".

A Carta foi traduzida para a língua nheengatu, que, informou a corte, foi escolhida por ser a única descendente do tupi antigo ainda viva hoje e que permite a comunicação entre diferentes etnias na Amazônia.

Lançamento da primeira Constituição traduzida para uma língua indígena, nesta quarta-feira (19), no Amazonas - Fellipe Sampaio/Divulgação STF

O evento ocorreu em São Gabriel da Cachoeira, um dos municípios do país com maior predominância indígena do país, e contou com as presenças também da ministra do STF Cármen Lúcia, da presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joênia Wapichana, e de Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas do governo Lula.

As magistradas se reuniram com 12 lideranças indígenas que fizeram a tradução e consultores da obra.

Segundo o STF, Rosa disse que se pronunciaria no evento "como Raminah Kanamari", nome indígena com o qual foi batizada no Vale do Javari, no Amazonas.

A presidente da corte disse na ocasião também que, a partir da Constituição de 1988, os indígenas passaram a ter direitos reconhecidos, não sendo mais "meros indivíduos tutelados" e que a tradução é "um gesto de valorização e respeito".

O STF está às voltas com um dos mais importantes julgamentos relacionados aos direitos dos indígenas, o do marco temporal.

A tese afirma que a demarcação dos territórios indígenas deve respeitar a área ocupada pelos povos até a promulgação da Constituição Federal, em outubro de 1988.

Pelo critério, indígenas que não estivessem em suas terras até a data não teriam direito de reivindicá-las. A tese é criticada pelos movimentos indígenas, pois legalizaria invasões. Em junho, a análise foi interrompida por pedido de mais tempo para análise feito pelo ministro André Mendonça.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas