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Rafael Brito quer Lula na campanha em Maceió e diz que pretende rever acordos da Braskem

Pré-candidato do MDB afirma em sabatina Folha/UOL que família do prefeito João Henrique Caldas (PL) vive da política

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Recife

O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Maceió Rafael Brito (MDB) disse, nesta terça-feira (30), que quer quer rever acordos com a Braskem após o desastre ambiental na cidade, com afundamento de bairros inteiros, e que pretende contar com a presença do presidente Lula (PT) na campanha eleitoral.

"Aqui, o poder público correu para o colo da Braskem. A prefeitura fez um acordo para ter dinheiro, até hoje nenhum centavo desse dinheiro foi para vítima. Esse é um problema muito sério e, a partir de 1º de janeiro, vou rever todos os acordos que a prefeitura tem com a Braskem", disse em sabatina Folha/UOL.

"A prefeitura de Maceió deu à Braskem um perdão dos crimes do passado, do presente e dos que aparecerão no futuro naquela região. Há também perdão de todos os débitos tributários daquela região, é um acordo pró-Braskem", acrescentou.

Rafael Brito (MDB) participa de sabatina Folha/UOL com pré-candidatos de Maceió - Youtube

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), cerca de 14 mil imóveis foram atingidos de forma direta pelo afundamento do solo causado pelas atividades de mineração da empresa na capital alagoana.

Rafael Brito prometeu construir um memorial às vítimas do desastre e um parque municipal na área. "Temos que fazer um fundo de verdade para as vítimas, fazer moradias para as vítimas, dividir o dinheiro com as vítimas, construir um novo bairro."

O pré-candidato afirma que pretende contar com a presença de Lula em seu palanque, mesmo após Maceió ter sido a única capital nordestina a dar vitória a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022.

"Com certeza [quero Lula na campanha], Lula é fundamental, tem promovido mudanças importantíssimas no país", disse.

Rafael Brito minimizou a desvantagem tanto de Lula como do governador Paulo Dantas (MDB) no segundo turno das eleições em Maceió.

Nas eleições de 2022, Bolsonaro teve 57,18% dos votos válidos no segundo turno, ante 42,82% de Lula na capital alagoana. Já na disputa pelo Executivo estadual, Rodrigo Cunha (Podemos), atual senador, recebeu 62,05% dos votos válidos na capital, enquanto Paulo Dantas teve 37,95%.

"Maceió teve esse viés mais conservador em toda a sua história. Serra venceu em 2002 contra Lula. Mas isso nunca impediu Renan Filho de ganhar duas eleições e Paulo Dantas vencer [no primeiro turno] na eleição passada", disse.

O pré-candidato disse que considera a aliança com o PT natural. Na segunda-feira (29), a direção nacional do partido retirou a pré-candidatura de Ricardo Barbosa a prefeito de Maceió e determinou o endosso a Brito, apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB) e pelo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL).

"O PT faz parte da nossa aliança há muito tempo. A gente milita junto há muito tempo, demos apoio ao presidente Lula desde o primeiro turno na eleição passada".

Rafael Brito disse que Bolsonaro (PL), o prefeito João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), "fazem parte do mesmo pacote". "É o campo [político] que diz, como disse o presidente Bolsonaro, que o nordestino é o pior povo que existe e o Nordeste é o pior lugar para se viver."

Ele também teceu críticas à família do atual prefeito.

"A gente não fala da família Caldas. A mãe disputou para suplente de Rodrigo Cunha, o pai foi candidato várias vezes e, na última eleição, não foi candidato porque é ficha suja. O irmão foi candidato a deputado federal, perdeu e mudou a titularidade de forma errada para a cidade de Marechal Deodoro. O TRE teve que invalidar. A única família em Alagoas que vive da política e para a política é justamente a família Caldas. Isso não é ataque, a gente está falando o que é sério", disse Brito.

"É a única de Alagoas e talvez seja a única família do Brasil em que todos do lar disputam eleições", acrescentou.

Rafael Brito foi perguntado sobre a possibilidade do prefeito JHC, caso seja reeleito, disputar as eleições de 2026. O gestor é cotado como possível candidato ao governo estadual.

"O cidadão vai ter que também analisar o nome que ele escolherá para a [candidatura de] vice. Com um ano e três meses, se ele realmente [for reeleito e] for candidato em 2026, o prefeito será outro que o eleitor nem conhece. Então é muito importante que, durante a eleição, a gente faça essa discussão", disse.

Diego Sarza conduziu a sabatina, com participação dos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e João Pedro Pitombo, correspondente da Folha em Salvador.

Rafael Brito é empresário e graduado em administração de empresas pela Ufal (Universidade Federal de Alagoas). Já foi secretário estadual do Trabalho, do Desenvolvimento Econômico e da Educação. Em 2022, concorreu e foi eleito deputado federal. Disputa a prefeitura maceioense pela primeira vez.

Além dele, outros dois postulantes foram convidados. Nesta sexta-feira (2), às 14h, o entrevistado será o ex-deputado estadual Lobão (Solidariedade). O prefeito João Henrique Caldas (PL) também foi convidado, mas não quis participar.

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