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Descrição de chapéu Governo Tarcísio

Tarcísio nega mudança para o PL de Bolsonaro: 'Devo permanecer no Republicanos'

Governador falou à GloboNews na manhã desta quarta-feira (24); mudança é desejo de Valdemar Costa Neto

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São Paulo

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quarta-feira (24) que não pretende se filiar ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Não tem nada previsto. Eu estou muito confortável no Republicanos e devo permanecer no Republicanos", disse o governador em entrevista à GloboNews.

Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro durante ato de apoio ao ex-presidente na av. Paulista - Bruno Santos - 25.fev.24/Folhapress

Em maio, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o governador se filiaria ao partido por volta de junho. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela Folha.

Segundo Valdemar, a informação foi passada pelo próprio Tarcísio em jantar um mês antes em Brasília. A migração do Republicanos para o PL ocorreria devido a um pedido do ex-presidente, disse o dirigente.

Aliados de Marcos Pereira (SP), que é presidente do Republicanos, esperavam que uma eventual mudança para o PL levasse o partido, que tem hoje a maior bancada, a apoiá-lo na disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara dos Deputados.

Pereira é um dos pré-candidatos na eleição pelo comando da Câmara, marcada para fevereiro do ano que vem. Segundo Valdemar, porém, a troca não passa por negociações sobre as eleições da Casa.

À época, o entorno de Tarcísio avaliou que o movimento do presidente do PL havia sido inesperado e que o dirigente buscava pressioná-lo publicamente.

Aliados do governador dizem que Valdemar deseja fortalecer o partido em ano eleitoral e que Tarcísio é um ativo importante –ou seja, o dirigente precisa de um produto para vender, e o governador está em alta.

Desde o início do ano aumentaram as especulações de que Tarcísio estaria de mudança para o PL, com pressões públicas de Bolsonaro, sua esposa Michelle e parlamentares do partido. Mas, publicamente, Tarcísio e seu entorno nunca confirmaram o movimento. Em março, quando questionado a respeito da mudança, ele já havia negado a possibilidade.

Naquele mês, as conversas sobre a filiação haviam ficado mais intensas, depois que o imbróglio em torno do túnel Santos-Guarujá criou um desconforto entre o governador e o Republicanos.

Tarcísio também já havia ficado incomodado com a sigla quando disputou o governo em 2022, por considerar que o partido deveria ter se engajado mais em sua campanha.

Aliados dizem que o governador adiará ao máximo a decisão e que não há urgência para a filiação. Eles afirmam existir um equilíbrio na composição dos partidos que o apoiam e que um movimento do tipo poderia desestabilizar essa costura. Outros dizem ainda que o político não tem nada a ganhar com a transferência.

Políticos do PL afirmam, porém, que Tarcísio tem prometido se filiar a sigla, possivelmente após as eleições municipais.

Embora a relação entre Tarcísio e Valdemar esteja mais azeitada hoje, os dois eram desafetos no passado.

Isso porque no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Tarcísio promoveu demissões de apadrinhados de Valdemar. Naquela época, o PR (antigo PL) controlava a pasta e teve suas indicações exoneradas numa "faxina" anticorrupção.

Esse foi um dos motivos que levaram Tarcísio a se filiar ao Republicanos para concorrer ao governo, e não ao PL de seu padrinho Jair Bolsonaro, como seria o caminho mais natural.

A pressão para que o governador se filie ao PL acompanha o aumento nas especulações de que ele possa ser o candidato do bolsonarismo à Presidência em 2026, com Bolsonaro inelegível.

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