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Datafolha: Marçal cresce entre eleitores de Bolsonaro e de Tarcísio e ameaça Nunes

Ex-coach ainda oscilou positivamente entre eleitores de Lula e Haddad; Datena também desafia afilhados políticos

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São Paulo

As intenções de voto em Pablo Marçal (PRTB) cresceram entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e de Tarcísio de Freitas (Republicanos), padrinhos políticos do prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), segundo o Datafolha.

Marçal conquistou, até agora, 29% das preferências entre os que escolheram o ex-presidente em 2022, ante 22% no levantamento anterior, de julho. Ele também chega a 25% das intenções de voto entre os que elegeram o governador, ante 19% registrados no mês passado.

A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos. No caso de diferenças no limite da margem (no caso seis pontos), uma situação de estabilidade é tida como improvável.

Nunes, por outro lado, oscilou negativamente entre os apoiadores de Bolsonaro, passando de 42% para 38% nesta rodada. Entre os eleitores de Tarcísio, ele foi de 40% para 42% das intenções de voto.

Com isso, a diferença entre o prefeito e o ex-coach caiu de 20 para 9 pontos no caso dos eleitores do ex-presidente, e oscilou de 21 pontos para 17 entre os do governador.

Os resultados evidenciam a dificuldade que o candidato do PRTB impõe ao atual ocupante do edifício Matarazzo para captar os votos obtidos por seus padrinhos políticos no pleito passado.

Os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) - Prefeitura de São Paulo e Folhapress

Apesar de querer os votos de Bolsonaro, Nunes tem priorizado até o momento eventos com o governador de São Paulo, já que o ex-presidente tem rejeição elevada na capital paulista —segundo o Datafolha, 65% dizem não votar de jeito nenhum em um candidato apoiado por ele. Já o apoio de Tarcísio levaria à rejeição de 48% dos entrevistados.

A pesquisa de julho mostrou ainda que mais da metade dos eleitores da cidade de São Paulo (56%) admitia mudar o voto para prefeito se o candidato fosse apoiado por um político rejeitado por eles.

O pré-candidato pelo PRTB oscilou positivamente, mas dentro da margem de erro, entre os eleitores de Lula (PT) e Fernando Haddad (PT), que apoiam Guilherme Boulos (PSOL). Ele foi de 2% em julho para 5% entre os que votaram no atual presidente, repetindo os percentuais entre os que apoiaram o hoje ministro da Fazenda.

Boulos, por sua vez, ficou estagnado entre os eleitores de seus padrinhos políticos. Manteve 41% das intenções de voto dos que escolheram Lula em 2022 e oscilou negativamente, de 48% para 46%, entre os que optaram por Haddad.

Os números sugerem uma limitação à atual estratégia do congressista do PSOL, que tem dado destaque a Lula na campanha e aparecido com o petista em uma série de eventos.

O petista apareceu na convenção de confirmação da candidatura de Boulos e chegou a dizer que a vitória seria certa na capital paulista. Afirmou ainda que o deputado é a única possibilidade dessas eleições para garantir dignidade e respeito para os paulistanos.

Lula também foi condenado a pagamento de multa por campanha antecipada, junto a Boulos, após pedir votos para o deputado federal durante ato do 1º de Maio. Cabe recurso.

Ao todo, em São Paulo, 45% dos eleitores dizem que não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo petista, segundo o Datafolha.

À medida que se consolida a tendência de menos da metade dos votos dados em 2022 a Lula, Bolsonaro, Haddad e Tarcísio irem para seus afilhados políticos, confirma-se a ideia de que a transferência de votos não é automática.

No caso de José Luiz Datena (PSDB), por sua vez, o cenário é de estabilidade em relação ao eleitorado de Lula e Bolsonaro.

Ele passou de 11% para 12% entre os que escolheram o presidente em 2022, e de 11% para 13% entre os que optaram pelo nome do ex-presidente em 2022.

Apesar de a movimentação estar dentro da margem de erro, ela indica uma consolidação do potencial de a candidatura do tucano dificultar o avanço de Boulos e Nunes sobre o eleitorado de seus padrinhos políticos.

Não sabem quem o petista apoiará neste ano em São Paulo 25% dos entrevistados, ante 27% em julho. Da mesma forma, são 34% os que dizem desconhecer o apoio de Bolsonaro, contra 40% no mês passado.

O Datafolha entrevistou presencialmente 1.092 eleitores de São Paulo na terça-feira (6) e na quarta-feira (7). A pesquisa foi contratada pela Folha e registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-03279/2024.

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