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Eleições SP Datafolha

Avanço consistente de Nunes tem TV, Tarcísio e 'tchau, Bolsonaro'

Prefeito de SP se beneficia da exposição no horário eleitoral, do apoio do governador e da distância do tóxico ex-presidente

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São Paulo

O avanço consistente de Ricardo Nunes (MDB) na pesquisa Datafolha, de cinco pontos em uma semana, pode ser atribuído a três "Ts": TV, Tarcísio e Tchau, Bolsonaro.

Com dois terços do horário eleitoral gratuito, o prefeito não apenas aproveita a exposição da sua gestão como tem se beneficiado da artilharia pesada contra Pablo Marçal (PRTB), que não consegue responder à altura apenas via redes sociais.

O prefeito Ricardo Nunes e o governador Tarcísio de Freitas durante visita ao Mercado Municipal, no mês passado - Folhapress

Talvez 2024 seja uma eleição que ponha um certo freio nas conclusões definitivas de que a forma de fazer campanha migrou definitivamente da tela grande para a pequena.

O governador Tarcísio de Freitas, a se confirmar o bom momento de Nunes e a se consolidar seu favoritismo nas pesquisas futuras, tem tudo para sair desta votação como o grande vencedor, mais até do que o prefeito.

Firme no apoio a Nunes mesmo quando o furacão Marçal parecia arrastar tudo, Tarcísio reforçou a mensagem de parceria com a gestão municipal e deu o respaldo político de que o prefeito necessitava.

A eventual reeleição do pupilo deve garantir ao governador um crédito na cúpula do MDB que poderá ser útil numa hipotética disputa presidencial em 2026. Também ajuda Tarcísio a furar a muralha vermelha da capital, onde ele foi derrotado há dois anos.

O contraste da atitude do governador com a de Jair Bolsonaro é evidente. O ex-presidente vem sendo chamado de covarde para baixo em círculos da campanha de Nunes, por ter desaparecido quando Marçal surfava nos seus malfadados "cortes".

Numa ironia do destino, agora é a campanha do prefeito que não faz a menor questão de ter o capitão por perto, já que fica claro que Nunes tem conseguido caminhar com as próprias pernas.

Além de não entregar os votos de grande parte de sua base, que migrou para Marçal, Bolsonaro traz seu próprio "T" para a campanha do prefeito: "tóxico".

Tudo que Nunes não precisa neste momento é que o eleitorado seja lembrado de que o ex-presidente é seu padrinho.

A associação do prefeito com Bolsonaro parece ser uma das últimas balas na agulha para Guilherme Boulos (PSOL) virar o jogo. A outra, claro, é reforçar o vínculo com Lula.

A importância dos padrinhos é outra certeza que sofre abalos nesta eleição. Mesmo no caso de Lula, apenas 23% dizem que votam no candidato apoiado por ele. Bolsonaro e Tarcísio têm índices ainda mais baixos nesse quesito.

O pleito paulistano vem mostrando que a polarização nacional tem efeitos limitados para o eleitor e que uma eleição municipal é, no fim das contas, apenas uma eleição municipal.

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