Datafolha: Nunes bateria Marçal e Boulos no 2º turno; psolista venceria influenciador

Prefeito, em momento favorável na disputa em São Paulo, abre vantagem sobre rivais

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São Paulo

O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ampliou a vantagem que teria sobre seus dois principais rivais na disputa municipal deste ano, Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL), se o segundo tuno fosse hoje.

É o que aponta a mais recente pesquisa do Datafolha, que ouviu 1.204 pessoas com mais de 16 anos na capital nos dias 10 e 11 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Fotos de três homens branco com barba escura. No centro está Guilherme Boulos, com terno escuro, camisa azul e gravata cinza. À direita, Pablo Marçal, de camisa escura. À esquerda, Ricardo Nunes, de camisa branca e paletó escuro.
Da esq. para a dir, os candidatos Nunes, Boulos e Marçal

Nunes, que neste levantamento reassumiu a dianteira numérica numa corrida empatada tecnicamente com Boulos e com Marçal em baixa, bateria o influenciador por 59% a 27%. Na pesquisa da semana passada, a marca era de 53% a 31%.

Já o deputado do PSOL, que perdia por 49% a 37% na simulação anterior, seria derrotado por Nunes numa segunda rodada hoje por 53% a 38%.

O cenário reflete a melhoria da posição do prefeito, uma conjunção entre dificuldades das campanhas rivais e o vasto latifúndio de tempo de rádio e TV do qual dispõe —65%, o maior da história na capital paulista desde a redemocratização.

Boulos luta para avançar entre o eleitorado mais pobre, o que a associação com o padrinho Lula (PT) ainda não logrou obter. Já Marçal enfrenta a pressão de Jair Bolsonaro (PL), apoiador de Nunes que viu seu eleitorado fiel migrar para o autodenominado ex-coach às vésperas do horário eleitoral, em que ele não tem espaço, um movimento agora em reversão.

Em termos de migração de votos, eleitores de Boulos votariam mais em Nunes (65%) do que em Marçal (10%) num segundo turno entre os rivais, proporção semelhante à dos apoiadores de Tabata (72% para o prefeito, e 15% para o influenciador).

Já o voto minguante de José Luiz Datena (PSDB), num segundo turno desses, se dividiria um pouco mais, com 62% indo com Nunes, e 18%, com Marçal.

Se o tira-teima for entre Nunes e o deputado do PSOL, 73% dos apoiadores de Marçal dizem preferir o prefeito, ante 12% que citam Boulos. O eleitor de Tabata se divide entre o psolista (49%) e Nunes (46%), enquanto o de Datena escolheria mais o deputado (45%) do que o atual governante (39%).

Em um eventual segundo turno entre Boulos e Marçal, o deputado do PSOL teria 47%, contra 38% do influenciador (na pesquisa anterior, eram 45% e 39%, respectivamente).

Nesse cenário, os eleitores do prefeito se dividiram: 43% iriam com o candidato do PRTB, e 31%, com o psolista. Quem vota Tabata prefere o nome do PSOL (68%) contra Marçal (19%), índice que é de 48% e 20%, respectivamente, entre quem apoia Datena.

O levantamento do Datafolha foi encomendado pela Folha e registrado no TSE sob o número SP-07978/2024.

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