Cooperação entre governo e hospital leva inteligência artificial para a rede pública
Parceria envolve análise de dados coletados na rede pública de saúde em 11 municípios, nas áreas perinatal e materno-infantil
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O big data já não é novidade em hospitais de referência da rede privada de saúde no Brasil. Agora, um projeto de cooperação entre o Ministério da Saúde e o Hospital Israelita Albert Einstein deverá levar um pouco dessa tecnologia —que usa grande volume de dados complexos coletados, armazenados e interpretados por softwares de alto desempenho— também para a rede pública.
O objetivo é planejar um modelo de gestão da informação mais inovador.
A parceria envolve a elaboração e aplicação de ferramentas de inteligência artificial para realizar análise de dados coletados na rede pública de saúde em 11 municípios, nas áreas de perinatal e materno-infantil.
Os dados começaram a ser coletados no final do ano passado, e até 2020 está prevista a entrega dos resultados, que serão uma base e uma proposta de integração com outras bases de informação do SUS.
“A partir da análise dos dados será possível predizer os riscos de prevalência de diabetes e hipertensão gestacional em determinada localidade e desenvolver uma política pública adequada para gerenciá-los”, diz Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein.
Segundo ele, a parceria deve contribuir para o estabelecimento de uma cultura de gestão baseada em dados, com integração de informações de diferentes setores e inteligência artificial, visando apoiar o planejamento e as tomadas de decisão ligadas a financiamento e coordenação dos serviços.
O projeto nasceu como um desdobramento da experiência do hospital com sua área de big data, criada em 2015. Agora, será viabilizado a partir da progressiva adoção do prontuário eletrônico pelos hospitais da rede pública e a implementação do digiSUS, a estratégia do ministério para a incorporação de tecnologias digitais até 2020.
A cooperação com o Einstein ocorre no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).
O valor alocado no projeto será de R$ 32 milhões, com 150 profissionais envolvidos, entre cientistas de dados, arquitetos, engenheiros e gestores da saúde. Também participam equipes da área de tecnologia da informação de três universidades federais, de Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.
O Proadi-SUS oferece isenções fiscais a hospitais filantrópicos de excelência que propõem projetos assistenciais ou que colaborem para o fortalecimento do SUS.
Além do Einstein, há trabalhos também em cooperação com Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Moinhos de Vento e HCor (Hospital do Coração), nas áreas de bioengenharia, pesquisas com células NK (natural killer), expansão de linfócitos e intervenções intrauterinas, entre outros.
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