Google admite rastreio secreto de milhões de usuários e chega a acordo em processo bilionário nos EUA
Companhia aceita acordo, mas termos só devem ser divulgados em fevereiro de 2024
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O Google concordou em resolver uma ação judicial alegando que a empresa rastreava secretamente o uso da internet de milhões de pessoas que pensavam estar navegando de forma privada.
A juíza Yvonne Gonzalez Rogers, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Oakland, suspendeu nesta quinta-feira (28) um julgamento agendado para 5 de fevereiro de 2024 de uma ação coletiva, depois que advogados do Google e dos consumidores disseram ter chegado a um acordo preliminar.
O processo buscava pelo menos US$ 5 bilhões (R$ 24,26 bilhões), mas os termos do acordo fechado não foram divulgados. Os advogados disseram que concordaram com uma proposta vinculante por meio de mediação e esperam apresentar um acordo formal para aprovação judicial até 24 de fevereiro de 2024.
Nem o Google nem os advogados dos consumidores autores da ação responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Os autores alegaram que as análises, cookies e aplicativos do Google permitiam que a companhia rastreasse sua atividade, mesmo quando configuravam o navegador Chrome do Google para o modo "anônimo" e outros navegadores para o modo de navegação "privada".
Eles afirmaram que isso transformou o Google em uma "coletânea incontrolável de informações", permitindo à empresa conhecer seus amigos, hobbies, comidas favoritas, hábitos de compras e "coisas potencialmente embaraçosas" que procuram online.
Na semana passada, o Google perdeu outra disputa judicial e concordou em pagar US$ 700 milhões, além de permitir uma maior concorrência em sua loja de aplicativos PlayStore. O anúncio do acordo foi feito por um tribunal federal de San Francisco, nos EUA, nesta segunda-feira (18) como parte do julgamento antitruste com estados dos EUA e consumidores.
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