Siga a folha

Danilo Santos de Miranda lê 'Grande Sertão'; veja vídeo

Diretor do Sesc SP integrou conselho do projeto 200 anos, 200 livros, no qual a obra de Guimarães Rosa é um dos destaques

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Belo Horizonte

"Guimarães Rosa se tornou o grande literato de sua geração. É uma figura realmente exponencial", diz Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, a respeito "Grande Sertão: Veredas", o clássico lançado em 1956 pelo mineiro de Cordisburgo.

"Hoje, quando se faz qualquer levantamento a respeito da literatura brasileira –como eu tive oportunidade de fazê-lo– o nome dele aparece em destaque."

Miranda faz menção ao projeto 200 anos, 200 livros, iniciativa da Folha, da Associação Portugal Brasil 200 anos e do Projeto República (núcleo de pesquisa da Universidade Federal de Minas - UFMG) que listou 200 importantes obras para entender o país.

No vídeo abaixo, o diretor do Sesc lê um trecho crucial de "Grande Sertão". É a passagem em que Riobaldo, o narrador protagonista, descobre a identidade de Diadorim, jagunço por quem ele nutre uma conflituosa paixão.

"Escolhi esse trecho no intuito de trazer um debate, um aprofundamento", comenta Miranda. "Especialmente agora quando a gente coloca essa questão da diversidade, naturalmente, como algo tão sério e necessário."

O regional e o universal

De acordo com ele, "a brasilidade e a inovação são dois aspectos muito fortes da literatura de Guimarães Rosa". Essas características se refletem tanto na narrativa, em torno das relações de força e de poder entre os homens e a natureza no interior do país, quanto na estética da escrita, que usa de "todos os recursos que a literatura pode oferecer" para criar uma linguagem única e rica capaz de emular a fala e a oralidade sertaneja.

Miranda conta que leu "Grande Sertão" pela primeira vez no início dos anos 1960, durante a sua formação em humanidades no Colégio dos Padres Jesuítas, no estado do Rio de Janeiro.

"Ele abriu uma cortina e mostrou uma verdade fantástica do interior que, de certa maneira, revela um Brasil que tem essa jagunçada espalhada por todos os poderes pelo país afora", afirma.

O livro de Guimarães Rosa ocupa o segundo lugar entre os mais indicados no projeto 200 anos, 200 livros, empatado com "A Queda do Céu", de Davi Kopenawa e Bruce Albert.

Série

O vídeo com a participação de Miranda é o segundo de uma série realizada pela TV Folha como parte do projeto 200 anos, 200 livros.

O primeiro destacou a escritora Cidinha da Silva lendo um trecho de "Quarto de Despejo", de Carolina Maria de Jesus. Os próximos terão leituras de "A Queda do Céu" e "Raízes do Brasil".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas