Surgidos na época da colonização brasileira como resposta à violência praticada pelos portugueses e seus descendentes contra negros trazidos à força da África para o Brasil, os primeiros quilombos datam da década de 1570 e estão no centro da formação cultural e social do país.

Na nova série de reportagens Quilombos do Brasil, que estreou em março em parceria com a Fundação Ford, a Folha se debruça sobre diferentes aspectos do passado e do presente dessas comunidades e seus impactos na economia e na cultura, além das influências religiosas e gastronômicas.

Hoje, calcula-se que existam ao menos 6.000 comunidades quilombolas, em 25 estados. A maioria delas, porém, ainda não tem seu direito garantido à terra, como defende o artigo 68 da Constituição. Apenas 5% das comunidades quilombolas brasileiras possuem o título de propriedade das áreas que ocupam.

Para discutir esses temas, a apresentadora Isabella Faria recebeu o repórter Tayguara Ribeiro no Como é que é? desta terça (4).

Segundo o historiador Flávio Gomes, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), "o Estado tem dificuldade de reconhecer as questões que atravessam as dimensões raciais. Os quilombolas não são só descendentes de ex-escravizados. Os quilombolas são negros. Eles não são só sem-terra, são negros. Isso gera uma certa dificuldade do Estado, dos governos e da sociedade brasileira."

Transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira pelos canais do jornal no Youtube, no Facebook e na Twitch, o novo programa da TV Folha recebe repórteres, editores e especialistas para conversas de meia hora sobre assuntos variados do noticiário e responde às dúvidas enviadas pelas redes sociais.

Depois da exibição ao vivo, todos os episódios seguem disponíveis no canal da TV Folha no Youtube e também em versão áudio nos principais agregadores de podcasts.

Além da programação ao vivo, a TV Folha publica no Youtube entrevistas, reportagens e minidocs exclusivos.