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Entender comportamento ajuda pet a superar trauma e melhora relação com tutor

Em Minas, animais afetados em Brumadinho passam por socialização antes de adoção

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Abandono, violência, maus-tratos. O histórico de animais levados para adoção muitas vezes é desconhecido, e esses pets podem carregar traumas que refletem no comportamento.

No entanto, casos que poderiam resultar em ansiedade, depressão ou fobia podem ser revertidos com paciência, carinho e até a ajuda de um profissional. Para isso, é preciso observar as características e o temperamento de cada animal.

Em Minas, a equipe que atende animais impactados pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho sente essa necessidade. O acidente, em 2019, deixou 270 pessoas mortas. Entre os bichos acolhidos na Fazenda Abrigo de Fauna estão aqueles que perderam suas famílias, estavam em áreas de risco ou foram deixados pelos antigos tutores. E tudo isso afeta a vida emocional também dos peludos.

Cadela Nat, que passou por ressocialização
Cadela Nat, que passou por processo de socialização - Divulgação

A cadela Nat é um dos pets encontrados na região e levados à unidade. Chegou acuada e evitava se aproximar das pessoas. Mas passou por um longo processo de socialização e, após o tratamento, foi adotada e está adaptada ao novo lar.

"Assim como os seres humanos, os cães são muito sensíveis, e suas emoções podem resultar em uma série de comportamentos. Com o rompimento da barragem B1, em 2019, alguns perderam seus lares, outros foram encontrados em áreas de obras, em situação de risco nas comunidades ou deixados voluntariamente para adoção por seus antigos tutores. Compreendendo o que significa o comportamento dos cães e gatos é possível aplicar metodologias que impeçam o surgimento de doenças emocionais ou tratá-las mais adequadamente quando aparecem", diz Magda Castro, supervisora da Fazenda.

Para ajudar no relacionamento com a família, pets que serão colocados para adoção ou reintegrados a seus antigos lares passam por atividades de socialização, com recreação e passeios.

Já as aves silvestres vão no caminho inverso. Elas têm o mínimo de contato possível com humanos durante a reabilitação para que não sejam atraídas por eles depois que forem reintegrados à natureza.

Desde o rompimento da barragem, a empresa já atendeu cerca de 4.000 animais. A Fazenda Abrigo de Fauna é mantida como parte dos compromissos apresentados aos órgãos públicos após a tragédia.

Segundo a companhia, 3.220 desses bichos, entre aves, bovinos, equinos, suínos e pets, foram devolvidos aos tutores; 400 foram adotados e 280 cães e gatos ainda esperam um novo lar.

O processo de adoção é iniciado de forma online, e os interessados em levar um peludo para casa podem conhecer os animais na página Me Leva Pra Casa (vale.com/melevapracasa). Profissionais acompanham o pet ao longo dos seis primeiros meses após adoção.

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