Um ano após atropelar e matar o ciclista entregador Claudemir Kauã dos Santos Queiroz, o empresário Rafael Maurício Moraes Diniz é interrogado pela justiça de São Paulo.
Diniz, hoje com 40 anos, responde em liberdade pelo crime de homicídio e dolo eventual (quando se assume o risco de matar) por estar alcoolizado no momento em que atropelou Kauã. A audiência teve início às 13h de hoje no Fórum Criminal da Barra Funda.
Kauã tinha apenas 17 anos e estava trabalhando com sua bicicleta e uma mochila de aplicativo de entregas quando foi atropelado pelo carro de Diniz. O veículo de luxo modelo Volvo V40 atingiu Kauã pelas costas e o arrastou por cerca de 100 metros na avenida Corifeu de Azevedo Marques, região do Butantã, zona oeste da cidade de São Paulo.
O cicloentregador chegou a ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu.
De acordo com o boletim de ocorrência, Diniz dirigia com a carteira de habilitação suspensa e tentou fugir, mas foi contido por populares. Após negar fazer o teste do bafômetro, o empresário foi preso com sinais notórios de embriaguez e levado ao IML (Instituto Médico-Legal), onde não permitiu a coleta de material biológico para que fosse analisado se estava embriagado. Diniz foi solto após pagamento de fiança.
Kauã deixou a mulher, Beatriz Monteiro de Jesus, e um filho, que na época tinha apenas 20 dias de idade. "Ele queria começar a juntar dinheiro para comprar uma casa", disse a viúva na época.
Em apoio à família de Kauã, o grupo de ciclistas Bike Zona Oeste está reunido na Praça do Ciclista (esquina av. Paulista com rua da Consolação) para uma bicicletada até o Fórum Criminal da Barra Funda, onde ficarão em vigília até o fim da audiência de Diniz.
O Ciclocosmo tentou, mas a defesa não atendeu as tentativas de contato. Caso a defesa queira se manifestar neste espaço, o blog manterá o canal aberto.
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