De Grão em Grão

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De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato
Descrição de chapéu Selic juros copom

Entenda as três decisões que influenciam o rendimento de sua renda fixa

Algumas decisões podem potencializar os retornos de sua carteira de renda fixa

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Para a grande maioria dos investidores, o termo renda fixa está associado a duas formas de rentabilidade: caderneta de poupança e o CDI ou Selic. A taxa Selic é conhecida como a taxa básica da economia, pois ela ajuda a formar ou direcionar as outras. Assim, para elevar a rentabilidade de sua aplicação de renda fixa, é preciso tomar decisões em relação às características desta taxa.

Algumas decisões podem potencializar os retornos de sua carteira de renda fixa. (Photo by Michael Nagle/Xinhua) - Michael Nagle/Xinhua

O investimento que rende a taxa Selic é um título público federal, com liquidez diária e denominado Letra Financeira do Tesouro (LFT). Na plataforma do Tesouro Direto, ele é vendido com o nome fantasia de Tesouro Selic para que aplicadores entendam melhor em que estão aplicando.

Assim, para escolher onde aplicar em renda fixa de forma a elevar sua rentabilidade, você precisa tomar três decisões básicas em relação às características deste título. São elas:

1) qual o prazo?
2) qual o indexador?
3) qual o emissor?

Estas três decisões influenciam a rentabilidade que você vai obter, no futuro, em relação à rentabilidade básica da Selic.

Se bem selecionadas, elas têm o potencial de elevar o retorno, mas esta vantagem carrega sempre um custo. Você deve ponderar este custo em relação ao retorno adicional para decidir se compensa.

Os custos são: liquidez, volatilidade dos retornos e risco de crédito.

Usualmente, quanto maior o prazo, maior o retorno esperado, mas você pode sofrer com maior volatilidade e, eventualmente, perder liquidez.

Emissões privadas carregam risco de crédito. Portanto, têm maior perspectiva de retorno.

Indexadores de rentabilidade diferente da taxa Selic, por exemplo, prefixado ou referenciado ao IPCA, podem trazer volatilidade ao portfólio, se o título for marcado a mercado.

A escolha destes está relacionada ao seu horizonte de investimento e apetite ao risco ou perfil de investidor.

Com o atual CDI mais elevado, se aproveitar destas características se torna ainda mais vantajoso.

Aplicações de liquidez referenciadas ao CDI devem render próximo de 13% ao ano nos próximos doze meses.

Entretanto, investimentos em títulos privados como CDBs, debêntures e fundos de renda fixa de crédito privado, com prazos de resgate maiores, podem proporcionar rentabilidades de 110%, 120% ou até mais de 130% do CDI. Estas rentabilidades equivalem a 14,3%, 15,6% e 16,9% ao ano, respectivamente.

A poupança também pode ser colocada nesta balança de custos e perde feio até mesmo da Selic.

A poupança é emitida por instituição privada e tem prazo. Portanto, ela deveria render mais. No entanto, rende menos de 80% da Selic líquida de IR.

Esta incoerência de decisão dos aplicadores, que investem R$ 1 trilhão na poupança, é um enigma para o mercado financeiro e uma vantagem que os Bancos se aproveitam.

Assim, planeje seu orçamento para entender qual horizonte de investimento pode se aproveitar. Também, reflita sobre seu perfil de investidor para ponderar os riscos que aceita. Desta forma, poderá elevar os retornos de sua carteira de renda fixa.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor

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