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De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato

Descubra os três critérios de Howard Marks para decidir quando vender suas ações

Visão de longo prazo nos investimentos não significa manter aplicações malsucedidas

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Ontem escrevi sobre os principais pontos que Howard Marks entende como menos importante nos investimentos, mas que investidores acabam adotando. Marks é Co-Chairman da Oaktree, gestora que administra R$ 880 bilhões de recursos de clientes. Ele argumenta que investidores acabam mantendo ativos por muito pouco tempo. Entretanto, apesar de estimular uma visão de longo prazo nas aplicações, ele sugere que você deve sair de um investimento avaliando três critérios.

Eu (Michael Viriato) escrevendo hoje este texto, mas sem perder os lances do jogo.
Eu (Michael Viriato) escrevendo hoje este texto, mas sem perder os lances do jogo. - Michael Viriato

Em seu último artigo, Marks explica quatro atitudes que aqueles que investem em ações deveriam perseguir:
• estudar profundamente empresas e valores mobiliários, avaliando seu potencial de crescimento de lucros;
• comprar ativos a preços atrativos em relação ao seu potencial;
• mantê-los enquanto as perspectivas de lucro da empresa e a atratividade do preço permanecerem intactos; e
• fazer alterações apenas quando essas coisas não puderem ser reconfirmadas ou quando algo melhor aparecer ao longo do tempo.

O gestor afirma que investe sempre com horizonte de longo prazo e procura empresas que ele acredita que se tornarão ainda mais valiosas ao longo do tempo.

Entretanto, esta manutenção em carteira está condicionada a três critérios: atratividade de preço, potencial de crescimento de lucros e ausência de melhores alternativas.

Embora Marks não considere muito o efeito de mudanças macroeconômicas de curto prazo, fatores microeconômicos podem alterar a perspectiva sobre uma empresa.

Por exemplo, alterações no ambiente competitivo da empresa, como o surgimento de novos entrantes, mudanças regulatórias e inovações tecnológicas podem provocar alteração na perspectiva de crescimento de lucros e de valor para as ações.

Mesmo com visão de longo prazo, a todo instante, você deveria reavaliar a manutenção dos ativos em carteira levando em consideração a atratividade de preço e potencial de crescimento de lucros destes.

Logo, cuidado ao investir em ações seguindo apenas dicas de mídias sociais e sem fazer uma profunda avaliação do ativo e suas perspectivas.

Howard também sugere a troca de ativos quando se vislumbra outras exposições mais atrativas que a atual. Portanto, a mesma avaliação acima deve ser continuamente revisitada e comparada com alternativas de investimentos.

Assim, ter visão de longo prazo, não significa investir em um ativo e esquecer, mas olhar continuamente para seu potencial no longo prazo e trocá-lo quando este não se mostrar atrativo ou surgir algo melhor.

Neste link, você pode encontrar toda a coletânea de artigos de Howard Marks.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor

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Caso tenham dúvidas ou sugestões de temas, por favor, fiquem à vontade para enviar por e-mail.

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