De Grão em Grão

Como cuidar do seu dinheiro, poupar e planejar o futuro

De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato
Descrição de chapéu juros Selic copom

Essa é a ferramenta financeira que você ainda não considerou, mas deveria

Descubra a estratégia que multiplica sua fortuna e garante segurança para quem você ama

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Ao pensar em proteger a família, garantir a educação dos filhos ou deixar um legado para as próximas gerações, muitos acabam optando por adquirir ativos tangíveis, como imóveis. Embora esses bens possam parecer uma escolha sólida, eles frequentemente se tornam um fardo para os herdeiros, presos em longos processos de inventário, sujeitos à depreciação e exigindo manutenção constante. Existe, contudo, uma alternativa mais eficiente, com sucessão facilitada e liquidez imediata: o seguro de vida.

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Um bom planejamento financeiro inclui além dos rendimentos, a proteção. - Pexels

Vivemos em uma sociedade onde a busca por aumento de renda e acúmulo de patrimônio se torna uma obsessão. Entretanto, muitos esquecem que a proteção desse patrimônio e, principalmente, da família, é igualmente essencial. O erro comum é subestimar a importância do seguro de vida, acreditando que eventos adversos nunca acontecerão ou que o foco deve estar apenas no crescimento financeiro. A única certeza que temos na vida é a morte, um evento que, embora inevitável, muitas vezes é negligenciado em nossos planos financeiros.

O IBGE fornece uma tabela que mostra a probabilidade de morte de um ano para o outro, dependendo da idade. Por exemplo, uma pessoa de 40 anos tem uma probabilidade de 2,5% de falecer no próximo ano; aos 50 anos, essa probabilidade sobe para 5%. Pode parecer uma probabilidade pequena, mas se ocorrer, o impacto para a família será imenso.

Frequentemente, nos preocupamos com eventos de baixa probabilidade e baixo impacto, como pequenas oscilações do mercado e até mesmo ruídos políticos, enquanto ignoramos eventos de probabilidade razoável e elevado impacto, como a própria mortalidade.

Assim como nos investimentos, planejar cedo um seguro traz benefícios significativos. Segundo a tabela atuarial do IBGE, a probabilidade de falecer no ano seguinte mais que dobra a cada 10 anos. Aos 60 anos, essa probabilidade chega a 10,6%, e aos 70 anos, salta para 23,71%. Com esse aumento do risco, o valor do seguro também se eleva. A grande vantagem do seguro de vida inteira é que ele permite fixar o risco com base na sua idade e condições de saúde do momento da contratação. Dessa forma, você evita que doenças futuras ou o avanço da idade comprometam sua capacidade de proteger sua família e seu patrimônio.

Muitos acreditam que apenas quem já nasce com uma fortuna tem a capacidade de deixar um legado significativo para a família. Entretanto, isso não é de todo verdade. A partir do pagamento da primeira parcela do seguro de vida, o indivíduo já garante o patrimônio planejado para sua família, criando um efeito multiplicador e alavancador de fortuna que não existe em outras situações. Essa alavancagem permite que mesmo aqueles sem grande acúmulo de capital possam assegurar um futuro financeiro estável para seus entes queridos.

Além de proteger indivíduos e suas famílias, o seguro de vida inteira também pode ser uma poderosa ferramenta de sucessão empresarial. Empresas podem adquirir seguros em nome dos sócios, de forma que, em caso de falecimento de um deles, o seguro garanta a recompra das cotas, evitando que a administração da empresa seja comprometida por processos de inventário ou pela entrada de novos sócios que eventualmente não estejam alinhados com os fundadores. Essa estratégia assegura a continuidade e a estabilidade da gestão da empresa, preservando sua visão e objetivos originais.

Uma das objeções comuns para a realização do seguro é o preço. Entretanto, a maioria que tem esta objeção não soube como interpretar. Por exemplo, você esteve aplicado em poupança ou no Ibovespa nos últimos 10 anos? Ambos renderam menos que IPCA+2% ao ano neste período. O CDI rendeu IPCA+3,2% ao ano nos últimos 10 anos.

Quando analisamos o custo de um seguro de vida inteira, percebemos que ele é surpreendentemente acessível, especialmente quando considerado sob a ótica da proteção. O seguro vida inteira equivale a se investir em um CDB com rendimento aproximado de IPCA+2% ao ano. Esse rendimento é similar ao que muitos aplicaram nos últimos 10 anos, mas ele oferece a segurança de proteger sua família por toda a vida e ainda deixar um legado para os filhos. Tem o potencial de imediatamente alavancar seu patrimônio o que nenhuma das alternativas tradicionais citadas acima tem.

Além disso, o seguro possui vantagens fiscais significativas, como a isenção de Imposto de Renda sobre o capital recebido pelos beneficiários em caso de morte e a isenção do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), o que aumenta ainda mais sua atratividade como ferramenta de proteção e planejamento sucessório.

Ao planejar o futuro, é fundamental pensar além do acúmulo de bens e focar na proteção daquilo que mais importa: a segurança e o bem-estar da família. O seguro de vida inteira surge como uma solução eficiente, acessível e que oferece a tranquilidade necessária para garantir que, independentemente do que aconteça, aqueles que amamos estarão protegidos.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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