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Twitter expande testes do Birdwatch, ferramenta colaborativa para combater desinformação

Ela está disponível apenas nos EUA por enquanto

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São Paulo

O Twitter está ampliando nos Estados Unidos um projeto-piloto contra desinformação chamado Birdwatch. O nome é um trocadilho com o birdwatching (observação de aves) e o fato de o Twitter ter um pássaro em seu logo.

Iniciado em janeiro de 2021, o Birdwatch permite que as pessoas identifiquem informações em tuítes que acreditam ser enganosas e adicionem notas com um contexto informativo.

Até esta quinta-feira (3), as notas ficavam visíveis apenas em um site separado. Para uma pequena parcela de pessoas nos EUA, escolhidas aleatoriamente, as mensagens ficarão visíveis no próprio Twitter. Esses usuários poderão avaliar a utilidade das notas de outros usuários. O objetivo é que elas sejam úteis para pessoas com "diferentes pontos de vista", segundo o Twitter.

A empresa afirma que o contato com o Birdwatch reduziu de 20 a 40% a tendência de concordar com conteúdo enganoso.

Ainda não previsão de expansão do Birdwatch para outros países, como o Brasil.

Instituições como MIT, Universidade de Duke e Universidade de Washington contribuem com o projeto, que é construído na transparência de dados, que estão disponíveis para quem tiver interesse.

Em pesquisa interna durante o piloto, o Twitter analisou que os entrevistados valorizaram as notas por serem a voz da comunidade (em vez da voz do Twitter ou de uma autoridade) e por fornecerem um contexto no entendimento de um tema. "Nosso objetivo é construir o Birdwatch abertamente e tê-lo moldado pela comunidade do Twitter", diz a empresa.

A empresa afirma temer a manipulação do sistema. "Sabemos que há uma série de desafios, como garantir que não seja dominado por uma maioria ou por um olhar tendencioso com base na distribuição dos contribuidores".

Há casos de sucesso de projetos coletivos e colaborativos, sendo o mais famoso deles a Wikipedia, que conta com uma legião de voluntários que fornecem conteúdos relativamente confiáveis e sem juízo de valor.

Plataformas como o Twitter se preocupam muito com neutralidade em tempos de desinformação e polarização. Elas costumam dizer que são apenas o meio em que as ideias circulam. Porém, eventos como pandemia e eleições nos EUA aceleraram a pressão para que as big techs tomem atitudes, principalmente se causam danos à saúde ou aos sistemas políticos.

No Brasil, após intensa mobilização de usuários em janeiro de 2022, o Twitter incluiu o país nos testes para denúncias de desinformação. Espanha e Filipinas também foram inseridas no experimento. Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul já haviam entrado anteriormente.

Outra medida apresentada pela plataforma, em fevereiro de 2022, foi a permissão para que robôs "do bem" usem etiqueta para avisar que não são pessoas reais. Perfis que prestam serviços úteis à comunidade podem sinalizar que são automatizados.

Especialistas e pesquisadores, no entanto, dizem que as medidas ainda são insuficientes.

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