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Salvador Nogueira

Exposição no RS traz ao Brasil artefatos das viagens à Lua

Space Adventure, inaugurada em Canela, espera receber 400 mil visitantes ao ano

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Agora os brasileiros não precisarão mais viajar até os EUA para ver de perto artefatos do programa Apollo, que levou humanos à superfície da Lua entre 1969 e 1972. Na última quarta-feira (10), foi inaugurada em Canela (RS), na Serra Gaúcha, a exposição Space Adventure (spaceadventure.com.br).

Originalmente pensada como exposição itinerante, ela foi trazida a São Paulo para uma curta temporada entre setembro e outubro de 2021, mas os resultados encorajaram os organizadores a desenvolver um espaço para abrigar boa parte do acervo no Brasil em caráter permanente.

A inauguração contou com a presença de autoridades estaduais e federais, dentre elas a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil/RJ), e a visita de Charles Duke, 87, piloto da missão Apollo 16, penúltima a visitar a superfície lunar, em 1972. Ele é um dos três astronautas ainda vivos dentre os doze que já tiveram a chance de caminhar sobre o solo lunar.

Réplica em tamanho real do módulo lunar da Apollo em ambiente que simula a superfície da Lua na Space Adventure
Réplica em tamanho real do módulo lunar da Apollo em ambiente que simula a superfície da Lua na Space Adventure - Divulgação

O conjunto de peças, cedido pelo Museu e Centro de Educação Espacial Cosmosphere de Hutchinson, no Kansas (EUA), cobre todos os programas tripulados da Nasa, com especial ênfase nos três primeiros –Mercury, Gemini e Apollo.

Um dos trajes usados por John Young, comandante da Apollo 16, durante a viagem à Lua é apenas um dos artefatos originais que podem ser vistos de perto. Uma câmera fotográfica usada na Apollo 17, a última missão lunar tripulada do século passado, também está por lá.

E as réplicas incorporadas ao acervo não são de deixar por menos. As mais impressionantes são uma cápsula Apollo e um módulo lunar em tamanho natural – o veículo com o qual os astronautas desceram à Lua. Também há um ambiente de simulação do solo lunar e uma réplica (menor que sua versão real) do LRV (Lunar Roving Vehicle) usado pelos tripulantes para longas travessias pela superfície do satélite natural.

Parte da exposição também aborda peças de programas não tripulados, como uma réplica do rover marciano Opportunity, e há foco em elementos dos atuais esforços da Nasa, em particular do programa Artemis, que deve levar humanos às imediações da Lua pela primeira vez no século 21 a partir de 2024. Os quatro tripulantes escalados para a viagem foram anunciados recentemente pela Nasa: Reid Wiseman, Victor Glover e Christina Koch, dos EUA, e Jeremy Hansen, do Canadá. Será a primeira vez que uma mulher, um negro e um não americano irão além da órbita terrestre baixa.

A estrutura de 4.000 metros quadrados montada em Canela pelo grupo DC Set em parceria com a Blast Entertainment e o Grupo Oceanic também conta com um planetário que exibe filmes produzidos pelo Museu de História Natural de Nova York.

Com capacidade para 4 mil visitantes por dia, é uma parada obrigatória para entusiastas da exploração espacial que tenham a chance de visitar a Serra Gaúcha, sobretudo aqueles que não tiveram a chance de vê-la em São Paulo em 2021. O espaço abre de segunda a sexta, entre 9h e 17h, e os organizadores esperam receber 300 mil visitantes por ano.

Esta coluna é publicada às segundas-feiras na versão impressa, na Folha Corrida.

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