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Música em Letras - Carlos Bozzo Junior
Carlos Bozzo Junior

Sambista Didu Nogueira se apresenta na Tamarineira, em São Paulo

Sambista revelou ao blog que João Nogueira não gostava que dançassem em seus shows

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São Paulo

Acontece nesta quinta-feira (12), na Tamarineira, em São Paulo, a apresentação do cantor e compositor Didu Nogueira, sobrinho de João Nogueira (1941-2000) e filho de Gisa Nogueira, compositora, irmã e parceira de João.

Didu Nogueira irá homenagear o tio rodeado de artistas do ramo: Guilherme Lacerda (voz e cavaco), Cadu Barros (violão de 7 cordas), além de Damião e Paulinho Pires, os dois na percussão geral.

Em foto colorida, o sambista Didu Nogueira posa sorrindo para a câmera
O sambista Didu Nogueira, que se apresentará na casa de samba Tamarineira, em São Paulo - Pat Duarte/Divulgação

A casa de samba abre às 17h, e a apresentação começa a partir das 19h30. Não é cobrada entrada, mas há opção de couvert colaborativo.

Atualmente a Tamarineira ocupa o mesmo espaço onde funcionou, por mais de 50 anos, o Bar do Alemão, na avenida Antártica, 554, um dos redutos da MPB, comida e bons papos na madrugada de São Paulo que viraram fumaça. Sobre este lugar, seu tio, samba e muito mais, Didu Nogueira completou, com exclusividade, as frases a seguir propostas pelo Música em Letras.

Cantar no Bar do Alemão era…Na verdade, só cantei uma vez no Bar do Alemão, com o Jorge Simas [violonista, compositor e arranjador] e, se não me engano, com o trio Gato com Fome. Mas fui eventual frequentador, já que meu pai, que morava aqui [em São Paulo], não saía de lá.

Cantar na Tamarineira é...Na Tamarineira é a segunda vez, e da primeira foi especial, também com Jorge Simas e um time de primeiríssima na harmonia e percussão.

Minhas apresentações ao lado de Guilherme Lacerda são sempre...Prazerosas, pois sendo ele uma enciclopédia do samba, vamos trocando informações musicais durante os shows e com um repertório básico, mas que podemos mudar a qualquer momento.

Certamente cantaremos… "Meu Dengo", de Luiz Grande, "Espelho", de João Nogueira, "Opção", de Gisa Nogueira, e "Quem tem carinho, me leva", de Geovana.

Gosto sempre de lembrar que o samba… "Apoteose ao Samba", de Zinco e Darcy Caxambu, traz essa magnífica história… Que narra essa trajetória, desde o nascedouro, até quando foi apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O que, para a época, entre os anos 1950/1960 seria a coroação de um processo que ainda hoje mantém suas características guerrilheiras.

O João Nogueira amava cantar o samba… O que posso garantir é que, entre os seus clássicos, João se emocionava, sobremaneira, com "Um ser de luz", dele, do Mauro Duarte e Paulinho Pinheiro.


Mas não gostava quando pediam para ele cantar… Não tinha uma música que ele não gostasse que o público pedisse. O que realmente não gostava, era que dançassem durante o show.

Entre cantar samba canção, partido alto, samba de breque, maxixe e samba enredo, prefiro cantar...Os sambas sincopados que interpreto de forma absolutamente intuitiva, me deixam à vontade pra brincar com o ritmo dentro da melodia.

SHOW EM HOMENAGEM A JOÃO NOGUEIRA

ARTISTAS Didu Nogueira (voz), Guilherme Lacerda (voz e cavaco), Cadu Barros (violão de 7 cordas), além de Damião e Paulinho Pires (percussão geral)

QUANDO Quinta-feira (12), às 19h30

ONDE Tamarineira, av. Antártica, 554, Água Branca, São Paulo

QUANTO Gratuito

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