Imagem mostra efeitos espetaculares da morte de uma grande estrela

Estrela teria massa pelo menos oito vezes maior que a do nosso Sol, a cerca de 800 anos-luz da Terra

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Will Dunham
Reuters

Os efeitos da morte explosiva de uma grande estrela são vistos em uma imagem divulgada na segunda-feira (31) pelo Observatório Europeu do Sul, mostrando imensos filamentos de um gás brilhante que foi lançado no espaço durante a supernova.

Antes de explodir no final de seu ciclo de vida, acredita-se que a estrela tivesse uma massa pelo menos oito vezes maior que a do nosso Sol. Ela estava localizada em nossa galáxia, a Via Láctea, a cerca de 800 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Vela. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano: 9,5 trilhões de quilômetros.

A imagem assombrosa mostra nuvens de gás que parecem gavinhas rosa e laranja nos filtros usados pelos astrônomos, cobrindo uma extensão aproximadamente 600 vezes maior que o nosso sistema solar.

Imagem do Observatório Europeu Sul mostra as nuvens rosa e laranja provocadas pela explosão de uma estrela maciça
Imagem do Observatório Europeu do Sul mostra as nuvens rosa e laranja provocadas pela explosão de uma estrela maciça - ESO/VPHAS+ team/Cambridge Astronomical Survey Unit/via Reuters

"A estrutura filamentar é o gás que foi ejetado pela explosão da supernova, que criou esta nebulosa. Vemos o material interno de uma estrela enquanto ela se expande no espaço. Onde há áreas mais densas, parte do material da supernova se choca com o gás circundante e cria parte da estrutura filamentosa", disse Bruno Leibundgut, astrônomo afiliado ao Observatório Europeu do Sul (ESO).

A imagem mostra os restos de supernova cerca de 11 mil anos após a explosão, disse Leibundgut.

"A maior parte do material brilhante se deve aos átomos de hidrogênio que são excitados. A beleza dessas imagens é que podemos ver diretamente o material que havia dentro da estrela", acrescentou Leibundgut.

"O material que foi acumulado durante muitos milhões de anos está agora exposto e esfriará ao longo de milhões de anos até formar novas estrelas. Essas supernovas produzem muitos elementos —cálcio ou ferro— que carregamos em nossos corpos. Esta é uma parte espetacular do caminho na evolução das estrelas."

A própria estrela foi reduzida depois de uma supernova a um objeto giratório incrivelmente denso chamado pulsar. Um pulsar é um tipo de estrela de n êutrons —um dos objetos celestes mais compactos conhecidos. Este gira dez vezes por segundo.

A imagem representa um mosaico de observações feitas com uma câmera de campo amplo chamada OmegaCAM no telescópio de pesquisa VLT, abrigado no Observatório Paranal do ESO, no Chile. Os dados para a imagem foram coletados de 2013 a 2016, disse o ESO.

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