China testa assistente IA para neurocirurgiões em hospitais

Espera-se que o chatbot Cares Copilot 1.0 responda perguntas e processe dados de diagnóstico

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Jane Zhang
Bloomberg

A China está testando um assistente de IA para neurocirurgiões em sete hospitais em Pequim e outras cidades nos próximos meses, uma das muitas iniciativas que o governo está apoiando para tentar aproveitar a tecnologia.

Uma agência sediada em Hong Kong sob a Academia Chinesa de Ciências —o principal instituto científico apoiado pelo Estado na China— introduziu na segunda-feira (11) um modelo de IA baseado no Llama 2.0 da Meta Platforms Inc. Pesquisadores treinaram e ajustaram o modelo com artigos, revistas médicas e manuais para atuar como um consultor de cirurgia para médicos, disse Liu Hongbin, diretor executivo do centro.

Ilustração em vetor de um homem de perfil em frente ao computador. Na tela, imagem de uma cabeça com um cérebro artificial. Balões de fala saem do computador e do homem.
artem/Adobe Stock

Órgãos estatais estão se juntando a empresas chinesas privadas no desenvolvimento de IA local no molde do ChatGPT da OpenAI. O modelo TaiChu da Academia Chinesa de Ciências foi um dos primeiros serviços aprovados para lançamento público em agosto. A tecnologia é considerada como tendo o potencial de revolucionar campos, desde diagnósticos até consultas pessoais.

O Centro de Inteligência Artificial e Robótica de Hong Kong usou cerca de 100 unidades de processamento gráfico para treinar seu modelo focado em saúde, dividido igualmente entre os chips de ponta A100 da Nvidia Corp. e o Ascend 910B da Huawei Technologies Co., disseram os pesquisadores aos repórteres na segunda-feira.

Eles esperam que o chatbot de IA —apelidado de Cares Copilot 1.0— responda perguntas com citações baseadas em mais de um milhão de registros acadêmicos. Ele também deve ser capaz de processar dados de diagnóstico, como ressonância magnética, ultrassom ou tomografias computadorizadas, bem como imagens, texto e áudio, disseram eles.

Eventualmente, os pesquisadores imaginam que a IA assumirá um papel mais ativo —alertando os médicos para não prosseguir com procedimentos arriscados, por exemplo.

"Há obstáculos, incluindo o poder de computação restrito devido ao acesso proibido aos chips avançados da Nvidia", disse Feng Ming, médico-chefe do departamento de neurocirurgia do Hospital da Universidade Médica da União de Pequim, que participou do desenvolvimento do modelo. "No entanto, podemos desenvolver um modelo vertical com nossas próprias características com mais dados de alta qualidade dos principais hospitais no continente, que não estão disponíveis para a OpenAI e muitas empresas privadas domésticas."

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