Descrição de chapéu astronomia

Auroras na Terra são registradas por astronauta do espaço; veja

Cenas são compartilhadas no mesmo dia de tempestade solar severa

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São Paulo

Um astronauta da Nasa compartilhou no X (antigo Twitter), na última segunda (12), um vídeo que mostra a aurora na Terra, mas de um ponto diferente: vista do espaço. Matthew Dominick fez as imagens a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que está a cerca de 400 km do nosso planeta.

As cenas captadas se estendem do momento em que a Lua se põe até o nascer do Sol, cuja luz ilumina a ISS. No post, o astronauta escreveu que as auroras têm sido incríveis nos últimos dias e, com isso, era um bom momento para experimentar uma nova lente.

A imagem mostra uma vista do espaço com a Estação Espacial Internacional (ISS) em primeiro plano. No fundo, há uma aurora boreal com cores vibrantes, incluindo verde e vermelho, iluminando a atmosfera da Terra. As estruturas da ISS estão visíveis, com um dos módulos e painéis solares destacados contra o céu estrelado.
Aurora é registrada da Estação Espacial Internacional (ISS) - dominickmatthew no X

Engenheiro de voo, Dominick deixou a Terra rumo à estação espacial em março deste ano. Ao todo, ele deve permanecer lá por aproximadamente seis meses para conduzir experimentos científicos e, também, cuidar da manutenção da ISS.

A publicação do vídeo ocorreu no mesmo dia em que uma tempestade solar atingiu a Terra. Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o evento foi considerado severo —o quarto nível em uma escala de 1 a 5.

Quando severa, a tempestade pode afetar as redes de energia na Terra, prejudicar a operação de aeronaves e o funcionamento de equipamentos de navegação por satélite.

Acima do nível severo está o extremo, cujas repercussões foram observadas no planeta em maio deste ano. À época, a tempestade acarretou auroras boreais e austrais em pontos onde o evento é raramente apreciado, a exemplo de Argentina, Chile e México.

As chances de acompanhar as auroras têm sido maiores porque estamos em tempos de maior atividade solar, o que ocorre a cada 11 anos, quando a estrela alterna seu ciclo. Cientistas estimam que esse período de transição se estenderá até outubro deste ano.

Durante o máximo solar, a estrela joga diariamente no espaço bilhões de toneladas de partículas carregadas que interferem no campo magnético terrestre. Como resultado, surgem as auroras.

Na história, a maior tempestade solar registrada é o evento de Carrington, de 1859. No 1º de setembro daquele ano, o astrônomo inglês Richard Carrington estudava manchas solares quando observou uma imensa explosão luminosa no Sol. Dezessete horas depois, auroras transformaram a noite em dia em toda a América do Norte, chegando até a Colômbia. Também foram vistas em Montevidéu, Uruguai.

O episódio causou interrupções generalizadas nos sistemas de telégrafo de todo o mundo, o meio de comunicação mais moderno na época, e as correntes induzidas da tempestade até incendiaram alguns terminais, segundo publicações.

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