Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Alvaro Costa e Silva

O supersecretário é ficha-suja

Inelegível, Washigton Reis será responsável por obras bilionárias do metrô do Rio

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Na pandemia ele tinha a solução: "Vamos manter as igrejas abertas porque a cura virá dos pés do Senhor". Foi contra o distanciamento social, promoveu aglomerações e não obedeceu ao Plano Nacional de Vacinação, desrespeitando o grupo prioritário de idosos, causando tumulto e desespero nos postos de saúde. Ao pegar o vírus por duas vezes, fugiu de sua cidade, na Baixada Fluminense, para se tratar num hospital particular da zona sul carioca.

Ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis foi condenado pelo STF por crimes ambientais. Enquadrado na Lei da Ficha Limpa, foi considerado inelegível e impedido de se candidatar a vice na chapa de Cláudio Castro. Com base eleitoral no interior do estado e nas regiões sem lei controladas por milicianos, é o político que se vende como novidade e tem atitudes de "maluco", "autêntico", "gente como a gente".

O secretário de Transportes e Mobilidade Urbana do estado do Rio de Janeiro, Washington Reis - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Com tantas credenciais, foi escolhido a dedo para ser uma espécie de supersecretário no gabinete de Castro. À frente da pasta de Transportes e Mobilidade Urbana, sua caneta será a mais influente do governo.

Os planos de Washington Reis são fabulosos: comprar novos trens e reformar estações da SuperVia; terminar as obras da estação Gávea e a linha 4 do metrô (paradas desde 2015); construir o metrô de superfície ligando o bairro da Pavuna até Nova Iguaçu, na Baixada; restaurar o teleférico do Complexo do Alemão, inaugurado em 2011 ao custo de R$ 253 milhões e que não funciona desde 2016.

O Ministério Público do Rio de Janeiro, no entanto, está analisando uma representação contra a posse de Reis. Cláudio Castro disse que confia cegamente em seu apaniguado. Como também confia —agora que, com a mudança de ventos, está se afastando de Bolsonaro para se aproximar de Lula— na ministra do Turismo, Daniela Carneiro, acusada de envolvimento com milicianos de Belford Roxo. Segundo Castro, ela é "uma mãe de família".

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.