Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

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PL passa com louvor na prova do golpe

Chefe do partido milionário, Valdemar acusa deputados e Bolsonaro

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Baseado nas informações de que a estrutura do PL foi utilizada para manter Bolsonaro no poder após a eleição de Lula, o Ministério Público de Contas junto ao TCU pediu a inclusão do partido como réu numa ação civil que solicita que os envolvidos em atos golpistas sejam condenados a pagar R$ 100 milhões. Para a maioria dos mortais, é uma fortuna. Para o grupo chefiado por Valdemar Costa Neto –que só de fundo para as eleições municipais tem à disposição R$ 863 milhões–, é troco.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o ex-ministro Braga Netto fazem reunião às vésperas do julgamento no TSE
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Braga Netto - Divulgação/PL

O que se deduz das investigações da Polícia Federal é que o PL se qualifica como um dos eixos do golpe civil-militar que deu com os burros n’água. Um plano que, apesar da febre negacionista que hoje acomete seus articuladores e defensores, poderia sim ter se desfechado, com consequências previsíveis, uma das quais o fechamento do Congresso.

Qualifica-se com distinção, louvor e exemplos. Na delação, Mauro Cid disse que Braga Netto –candidato a vice na chapa de Bolsonaro– mandou pedir dinheiro ao PL para financiar e trazer a Brasília um grupo de kids pretos, como são chamados os integrantes da tropa de elite do Exército.

Com a mesma sutileza de quem persegue um homem empunhando uma arma pelas ruas de São Paulo, a deputada Carla Zambelli, do PL, abordou o ex-comandante da Aeronáutica Baptista Jr.: "O senhor não pode deixar o Bolsonaro na mão". Deputado eleito pelo PL, Eduardo Pazuello reuniu-se no Alvorada com o ex-presidente para discutir uma ação militar que impedisse a posse de Lula.

À PF, Valdemar afirmou que foi pressionado por deputados (quais?) e por Bolsonaro para ingressar com o pedido que contestava o resultado da eleição presidencial. Segundo o relatório que ele contratou ao custo de R$ 1 milhão usando verbas públicas, seu candidato teria recebido mais votos nas urnas. Como se vê, dinheiro nunca foi problema para o PL – que bem poderia mudar a sigla para PG.

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