Bruno Boghossian

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

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Descrição de chapéu datafolha

Mapa da campanha mostra rotas limitadas para migração de votos

Números do Datafolha apontam possíveis eleitores dispostos a trocar de candidato

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O movimento acelerado de eleitores em direção a Lula e Jair Bolsonaro redesenhou um dos mapas desta fase inicial da campanha. A consolidação precoce de apoiadores fiéis e o crescimento registrado pelo petista na última pesquisa do Datafolha indicam que a corrida presidencial pode se dar num terreno com rotas limitadas de migração.

Mesmo antes do início oficial da disputa, a quantidade de indecisos é uma das menores das últimas décadas, e os eleitores demonstram uma lealdade considerável aos principais nomes da disputa. Embora um contingente razoável de pessoas esteja disposto a trocar de candidato, ainda não há sinais de que essas mudanças possam transformar o jogo.

Sete de cada dez eleitores dizem estar totalmente decididos a votar em seus candidatos a presidente –um patamar de convicção alto a esta altura da campanha. Isso significa, por outro lado, que 30% ainda pensam em mudar de campo.

Os pré-candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) - Folhapress

Boa parte desses eleitores se diluiria entre os nomes mais fortes da corrida. Ciro Gomes (PDT) é o favorito de 20% dos entrevistados desse grupo –lado a lado com Lula, que poderia receber 17% deles. Outros 12% teriam interesse em aderir a Bolsonaro, enquanto 14% consideram votar em branco ou nulo.

Uma migração em massa de eleitores hesitantes impulsionaria Lula em cinco pontos percentuais, aumentando a chance de vitória no primeiro turno. Bolsonaro poderia ganhar até quatro, o suficiente para se manter no jogo. Ciro teria potencial para subir seis pontos: ele praticamente dobraria seu índice de intenção de votos, mas ainda ficaria distante de uma vaga no segundo turno.

As trocas dependeriam de um movimento de manada que hoje parece improvável, dada a aparente solidez do apoio a Lula e Bolsonaro: 78% dos eleitores do petista afirmam estar totalmente decididos, enquanto 75% dos eleitores do atual presidente dizem o mesmo. Essa certeza é bem menor (43%) no caso dos entrevistados que votam em outros candidatos, em branco ou nulo.

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