Colo de Mãe

Cristiane Gercina é mãe de Luiza e Laura. Apaixonada pelas filhas e por literatura, é jornalista de economia na Folha

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Colo de Mãe
Descrição de chapéu Todas Família maternidade

Número de prematuros aumentou no Brasil com a pandemia de Covid-19

Mês de novembro é de conscientização contra parto e morte por prematuridade

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O total de bebês prematuros aumentou no Brasil em cinco anos, entre 2017 e 2021, segundo levantamento da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros. O percentual chegou a 11,57% em 2021, último ano com dado disponível.

A análise feita pela ONG prematuridade.com mostra que o índice vem crescendo, influenciado pela pandemia de Covid-19, que assolou o Brasil e o mundo de 2020 a 2022, mas é preciso mapear as principais causas para conter o avanço.

Enfermeira cuida de bebê prematuro em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal durante a pandemia de Covid-19 - McKay - 15.mai.20/Reuters

Os números mostram que, de cada cem bebês, 11 são prematuros, aproximando-se de 12 ao ano. Essa evolução preocupa, pois pode fazer o Brasil retroceder dez anos, quando a taxa ultrapassava 12%.

Segundo a ONG, em 2017, o Brasil registrou uma média de 10,95% de nascimentos prematuros. No ano seguinte, o percentual aumentou para 11,05%. Em 2019, a média evoluiu para 11,42%; em 2020, 11,45% e, em 2021, atingiu 11,57%.

Os estados que lideram o ranking são Acre (14,02%), Roraima (13,98%), Amapá (13,82%), Rio Grande do Norte (12,79%), e Rio Grande do Sul (12,04%).

A criança é considerada prematura se nascer antes das 37 semanas de gravidez. Há ainda níveis de prematuridade conforme a semana de gestação na qual a mãe está quando dá a luz.

Embora a ciência tenha evoluído, a prematuridade é a maior causa de mortes em crianças de até cinco anos, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). No mundo, o índice é de 10%.

Algumas ações, como a obrigatoriedade de acompanhamento de gestantes e bebês no Bolsa Família como uma das condições para ter o benefício e permanecer no programa devem ajudar a diminuir o quadro, mas o ideal, segundo especialistas, é mapear as causas e dificuldades.

"É preciso que estados e municípios busquem identificar as principais causas de prematuridade nas suas populações para então focar em estratégias de enfrentamento", afirma Denise Suguitani, diretora da ONG.

Neste mês, celebra-se o Novembro Roxo, para conscientização contra parto e morte por prematuridade. A programação de debates inclui eventos em diversas regiões do país, além de lives online, na tentativa de reverter o quadro ou ao menos conseguir barrar a evolução.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.