No clima de feijoada da ascensão e queda do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança no seu voo para vice na chapa de Jair Bolsonaro surgiu uma nova vertente: nunca teria existido dossiê algum contra o príncipe.
O deputado e Bolsonaro já disseram que sua candidatura estava com os papéis passados até que Gustavo Bebianno mostrou um dossiê que o incriminava por comportamentos horizontais.
Até as 18h da véspera do prazo fatal para o registro da chapa, o capitão estava fechado com o príncipe na vice. Bragança explodiu num telefonema de Bolsonaro para Bebianno às 4h da madrugada. Nele, o capitão teria falado na existência de um dossiê e o deputado Julian Lemos, que estava com Bebianno, é testemunha disso. Não se sabe o que aconteceu entre o fim da tarde e a madrugada. (Na manhã anterior, o príncipe chegou com duas horas de atraso para uma reunião com o capitão.)
Bolsonaro encontrou Bebianno no dia seguinte e, pela lembrança do ex-ministro, não se voltou a falar do dossiê. Nem então, nem nunca mais.
Uma coisa é certa: fala-se nesse dossiê há mais de um ano, mas ninguém o viu.
Bolsonaro x Mourão
Ganha um fim de semana em La Paz quem souber o que os contribuintes ganham com as caneladas de Jair Bolsonaro no seu vice Hamilton Mourão.
É verdade que o general entrou em campo apresentando-se como contraponto ao capitão, mas há uns seis meses ele está quieto como um monge.
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