Flávia Boggio

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

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Flávia Boggio
Descrição de chapéu

Ponte estaiada, gelaterias e eleitor são atrações do Melhor Pior de São Paulo

Com roubadas paulistanas, cidade superaria o criador do Fyre Festival e o dono do golpe do avestruz

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Há pouco mais de um mês, o Mercado Municipal foi parar nos noticiários acusado de vender aos visitantes produtos superfaturados e embutidos vencidos. Porém, quem conhece São Paulo a fundo sabe que o golpe do Mercadão não é nada perto de uma infinidade de furadas que a capital tem a oferecer.

Para ajudar o turista que quisesse passar pelas roubadas paulistanas e se gabar com os amigos, a coluna elencou, na época, o Melhor do Pior de São Paulo, com atrações que deixariam o criador do Fyre Festival e o dono do golpe do avestruz sem nenhum tostão.

Na ilustração de Galvão Bertazzi vemos uma fila enorme se formando em frente a um carrinho de sorvete. Ninguém sabe qual sabor escolher. Balõezinhos com interrogação se espalham por toda a ilustração. O vendedor de sorvete está dormindo
Ilustração publicada em 20 de abril - Galvão Bertazzi

Assim como a diversidade cultural, a maior metrópole da América do Sul oferece inúmeros lugares horríveis para todos os bolsos e gostos. Para os visitantes que querem se proteger, ou os que consideram as falcatruas paulistanas uma atração turística, segue uma lista atualizada do Melhor do Pior de São Paulo:

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Ponte Estaiada: A construção, conhecida como Ponte Estragágua, fica pendurada a inúmeros cabos amarelos que parecem uma versão gigantesca do jogo Caça Palitos. Considerada uma atração turística, a ponte é a prova de que cada cidade tem o cartão-postal que merece.

High Line Bar: O bar ficou famoso por proibir a entrada de pessoas com trajes como "bonés, chapéus de abas grandes (?), regatas, camisetas de times nacionais (??), bandanas, tênis esportivo e correntes grossas (???)", deixando a dúvida se trata-se de uma aversão a um determinado grupo de pessoas. O imenso mural do grafiteiro Kobra garante a dor de cabeça até aos clientes abstêmios.

Fila em gelaterias: Assim como pulôver no ombro, as filas nas sorveterias são onipresentes em São Paulo, mesmo custando R$ 20 a bola. O motivo é o paulistano que só decide escolher o sabor na boca do caixa, perguntando: "Pistacchio al mascarpone ou Gianduia con avocado?".

O eleitor: Atração não só da capital, como de todo o Estado, esse indivíduo tem a mesma coerência dos "bares pé na areia" da cidade. Defendem a "liberdade" votando em machistas, antivax e apoiadores de tortura, como Mamãe Falei, Janaína Paschoal e, ele, que só vem para São Paulo quando o voo faz escala, Eduardo Bolsonaro. Com Nise Yamaguchi, Mario Frias e Eduardo Cunha como pré-candidatos, a coisa só tende a piorar.

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