Flávia Boggio

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

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Flávia Boggio
Descrição de chapéu

Parasita na perna de Jair fez mais pelo país do que o próprio presidente

Bolsonaro já contraiu hospedeiros agressivos, como o Streptocarluxo, o Flaviobacterium e o Eduardococcus

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Jair Bolsonaro já disse que é melhor perder a vida do que a liberdade e que só existiriam três alternativas para seu futuro: ser preso, morto ou ter a vitória. Ele não imaginaria que uma quarta alternativa tiraria sua liberdade: uma bactéria.

Após as eleições, o presidente manteve-se recluso no Palácio da Alvorada por mais de três semanas. Fontes próximas afirmam que o motivo seria uma ferida na perna causada por erisipela —infecção de pele bacteriana— que estaria impedindo o capitão de usar calças.

Médicos de Brasília estão intrigados com o poder de tal bactéria para manter Bolsonaro trancado. Mesmo quando havia a ameaça de um vírus mortal, ele circulava livremente. "O capitão não ligou para uma gripezinha, não deveria se preocupar com uma ‘bacteriazinha’", diz um infectologista.

Na ilustração de Galvão Bertazzi temos uma bactéria usando a faixa presidencial, nas cores verde e amarelo. Ela é gosmenta, com pêlos em volta de sua membrana e tem dentes à mostra e apenas um olho enorme. Ela está inserida num fundo de sangue vermelho comunista.
Ilustração de Galvão Bertazzi para coluna de Flavia Boggio - Galvão Bertazzi

Também impacta a preocupação do presidente com os trajes. Ele já fez fotos de bermuda, chinelos e shorts de lycra, sem se preocupar em expor sua rachadinha. Até quando os protocolos exigiam o uso de máscara, fez questão de não os seguir.

"O presidente já publicou imagens ferido, operado, com bolsa de colostomia, até tirou selfie sedado. Por que não usar a ferida para comover seus seguidores?", questiona um assessor.

Amigos próximos suspeitam que o parasita tenha vindo dos carrapatos das capivaras do Palácio da Alvorada. Porém, tanto as capivaras quanto os aracnídeos chegaram ao local antes do presidente, o que leva especialistas a se perguntarem quem, de fato, seria o parasita: a bactéria ou o Bolsonaro.

Não é o primeiro micro-organismo a se alojar no presidente, que já contraiu parasitas que, embora pequenos, são agressivos e resistentes a medicamentos, como o Streptocarluxo, o Flaviobacterium e o Eduardococcus.

Funcionários públicos acusam a imprensa de tratar o episódio com descaso. Muitos acreditam que, após tantos dias na perna do presidente, a bactéria seria vítima de maus tratos. "Tenho certeza de que erisipela nenhuma gostaria de estar fagocitando a virilha do senhor Jair", disse um especialista.

Políticos dizem que, após deixar Bolsonaro quieto e sem arruinar nenhuma instituição, a bactéria já fez mais pelo país do que o presidente. Alguns dizem que ela até estaria cotada por Alckmin para fazer parte da equipe de transição de Lula.

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