José Manuel Diogo

Diretor da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, é fundador da Associação Portugal Brasil 200 anos.

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José Manuel Diogo

Presença brasileira enriquece tecido social de Portugal, diz empresária cearense em Lisboa

Líder do Clube Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa, Rijarda Aristóteles destaca importância da diversidade

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Não é só de senadores e ministros, empresários de sucesso, músicos e vencedores do prêmio Camões que se constrói a pauta mais positiva da nova relação entre Brasil e Portugal. Muitas vezes injustamente esquecidas, as mulheres brasileiras são uma das imagens de marca da nova relação econômica entre os dois países.

Durante o mês da mulher, a empresária cearense Rijarda Aristóteles, organiza em Lisboa, o Conecte-se, 3º Congresso Global de Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa. Com foco em liderança feminina, sustentabilidade e liberdade financeira, o evento demonstra que não são apenas os professores universitários a organizar eventos relevantes na capital portuguesa. As mulheres estão na linha da frente.

A empresária Rijarda Aristóteles
A empresária Rijarda Aristóteles - @rijarda_aristoteles no Instagram

Fundadora do Clube Mulheres de Negócios, Rijarda chama a atenção para a necessidade de maior representatividade feminina na liderança empresarial, destacando o empreendedorismo natural das mulheres e a importância da educação e da formação como áreas-chave para o sucesso das relações com Portugal.

Depois do impeachment de Dilma Rousseff, mesmo tendo acesso à cidadania italiana, Rijarda trocou o Brasil por Portugal, mas só depois de ter experimentado Londres, Paris e Roma.

Preferindo a organização de Lisboa aos atentados terroristas em solo britânico, à possibilidade da extrema direita na França e à confusão econômica e politica de Itália, foi essa mulher vulcânica e de nome invulgar —capaz de convocar centenas de mulheres de vários países a fazer negócios em Lisboa— que falou à coluna, na habitual rubrica "Gente de cá e de lá" na mesa do icônico restaurante lisboeta Cícero Bistrot.

Lisboa já é a sua terra? Como foi a decisão de tornar Portugal seu lar?
Sim, sem dúvida. Escolhi Lisboa conscientemente, procurando um lugar que oferecesse qualidade de vida e oportunidades profissionais. Ao longo desses dez anos, a cidade não só me acolheu, mas também me permitiu crescer. O processo de adaptação teve seus desafios, mas a receptividade dos portugueses e a riqueza cultural do país tornaram tudo mais fácil e gratificante.

Nos dez anos que você mora em Portugal, qual foi a principal mudança que você observou no país e em você mesma?
Portugal evoluiu muito. Ao chegar, percebi uma energia de renovação e um compromisso com o progresso social e econômico. Essas mudanças refletiram em mim, impulsionando-me a buscar formas de contribuir para esse crescimento. Vi uma transformação na mentalidade local, especialmente na abertura para novas ideias e na valorização da diversidade.

E sobre o papel dos brasileiros em Portugal, como você vê essa evolução?
A contribuição dos brasileiros é inegável. A presença brasileira enriqueceu o tecido social e econômico português. Hoje, os brasileiros são vistos como parceiros valiosos, trazendo novas perspectivas e contribuindo para a dinâmica cultural e empresarial do país. É uma evolução que destaca a importância da integração e do respeito mútuo entre as comunidades.

Há preocupações com a xenofobia? Como lidar com isso?
É uma realidade que exige atenção. A xenofobia é um desafio global, e em Portugal não é diferente. A chave está na educação e no diálogo aberto sobre a importância da diversidade. Promover o entendimento mútuo e respeitar as diferenças são passos essenciais para superar preconceitos e construir uma sociedade mais inclusiva.

Como você vê o futuro, considerando essas mudanças?
Estou otimista, mas realista. O futuro será o reflexo das ações e escolhas que fazemos hoje. Precisamos investir em sustentabilidade, inclusão e empreendedorismo social para criar um mundo melhor. Acredito firmemente na capacidade de mudança positiva, desde que haja vontade e esforço coletivo para enfrentar os desafios atuais e futuros.

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