Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Amistoso prova que lista final de Tite pode ter surpresas

Ao chamar Ismaily, treinador dá sinais de que não descarta novidades  na última convocação

O técnico Tite comanda o treino da seleção brasileira no centro de treinamento do Spartak, em Moscou
O técnico Tite comanda o treino da seleção brasileira no centro de treinamento do Spartak, em Moscou - Pedro Martins / MoWA Press

A seleção brasileira joga sexta (23) em Moscou contra a Rússia. 

Conhecerá o palco que quer revisitar no dia 15 de julho, data da final da Copa do Mundo de 2018, o estádio Lujniki, antigo Estádio Central Lenin até 1992.

Trata-se do maior estádio da Rússia, com capacidade para 81 mil torcedores.

Segundo as previsões meteorológicas, tão sujeitas a erros como as dos economistas e dos especialistas em futebol, a sexta-feira moscovita durante o dia deverá ter temperatura de 2°C, com pancadas de neve, e à noite, horário do jogo, de até -8°C.

Jogo duro, portanto, para o Brasil que pouco treinou e sem Neymar, por mais que os locais, se duvidar, nem chegarão às oitavas de final da Copa que sediarão.

No dia em que anunciou os 25 convocados para os amistosos em Moscou e em Berlim, o treinador da seleção mencionou os nomes de outros dez jogadores em seu radar.

O goleiro gremista Marcelo Grohe, os zagueiros Jemerson e Gil, o lateral Alex Sandro, os meio-campistas Giuliano e Arthur, outro gremista, além de Diego, do Flamengo, Lucas Lima, Luan, o terceiro gremista, Rodriguinho, Jô e... Ismaily.

Alex Sandro, lembremos, acabou chamado porque Filipe Luís se machucou. Mas o lateral-esquerdo da Juventus também se lesionou e Tite recorreu a... Ismaily, do ucraniano Shakhtar Donetsk.

Se a rara leitora e o raro leitor perguntarem qual é a opinião do colunista sobre o futebol de Ismaily, cujo nome escreve aqui pela terceira vez em sua quase cinquentenária carreira, a resposta é um franco e rotundo NÃO SEI! Simplesmente porque jamais o vi jogar.

O que se sabe é que a comissão técnica da seleção está atenta aos brasileiros espalhados pelo mundo, a ponto de cogitar o nome de Jô, sobre quem também não sei como anda no Japão.

Só que a equipe de Tite tem obrigação de saber e é confortador constatar radar tão abrangente para manter vivas as esperanças de tantos jogadores.

Além do mais, diante do imprevisto com Alex Sandro, que lateral estava mais à mão do que, cite-se pela quarta vez, Ismaily?

Um avião de Donetsk a Kiev, capital da Ucrânia, e outro até Moscou e pronto! Em, no máximo, seis horas o desconhecido jogador sul-mato-grossense, de 28 anos, estava no hotel da seleção.

Ele irá à Copa do Mundo? 

Novamente NÃO SEI, é mais provável que não como é improvável que faça calor amanhã na capital russa.
O que é sabido é que a desinformação não pode servir para criticar quem está bem informado.

Se ele entrar em campo contra a Rússia, ou contra a Alemanha, na terça-feira (27), e for mal, aí sim, todas as críticas serão bem-vindas.

Bênção, Trajano

Sexta também, na Livraria da Vila, na Vila Madalena, às 19h, José Trajano lança seu terceiro livro, “Os Beneditinos”, já devidamente elogiado pelo Mestre Tostão.

São deliciosas 140 páginas com a verve característica do autor, para fazer você rir e se comover enquanto espera o desfecho do anunciado jogo de “walking football”, aquele apropriado para quem não aguenta mais correr.

No final quem ganha é você. Alegre e melancolicamente um livro Zé Trajano em estado puro. Imperdível.

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