Pelo menos houve paz na Vila Belmiro, que se limitou a receber alguns chinelos revoltados no gramado enquanto o Santos perdia por 2 a 1 para o Corinthians.

Perdia por pouco, porque a arbitragem, sabe-se lá se intimidada pelo protesto prévio dos anfitriões, já havia anulado gol legal de Yuri Alberto, com a colaboração do VAR que, no Brasil, é instrumento que desmoraliza a honestidade e a Justiça.

O Corinthians, ainda longe de jogar fora de casa como atua em Itaquera, tinha a vitória nos pés quando, no fim do jogo, entregou o empate, primeiro em má saída de bola do menino Giovane e, em seguida, no pênalti cometido pelo experiente Maycon em Mendoza, dois corintianos que acabavam de entrar no clássico.

Com o que nem o Santos depende de seu resultado na última rodada para se classificar, nem o Corinthians para ter vantagem na semifinal.

Porque jogadores e árbitros erram, embora sejamos mais compreensíveis com os primeiros e resistamos ao que o mestre Tostāo tão bem descreveu novamente em sua coluna: o imprevisível adora fazer suas surpresas a ponto de transformar uma vitória na mão em empate nas costas.

São Paulo decepcionante

O São Paulo enfrentou três times da Série A no Paulistinha: perdeu para o Corinthians, e uma escrita de seis anos sem derrotas no Morumbi no Majestoso, para o Bragantino, de virada, sempre por 2 a 1, e empatou sem gols com o Palmeiras, que estava preocupado só em vencer o Flamengo na Supercopa do Brasil, como conseguiu, e mesmo assim jogou bem melhor que o time tricolor.

Ao perder também, em casa, com mais de 52 mil torcedores, por 1 a 0, no sábado (25), para o São Bernardo, cuja equipe joga de igual para igual com qualquer outra, embora seja da Série C do Brasileirão, o São Paulo revela incapacidade preocupante ao projetar sua participação na fase final.

Até mesmo tem dúvida se manterá a vantagem do mando contra o Água Santa no mata das quartas de final.

É assustador.

São Bernardo surpreendente

Depois de vencer um jogo, empatar dois e ser goleado em Mirassol, o Bernô para os íntimos, desandou a ganhar de quem lhe aparecesse pelo caminho. Somou sete vitórias seguidas, contra o Corinthians, inclusive, e até dormiu do sábado para o domingo dois pontos à frente do Palmeiras, com quem fará o jogo mais interessante, e mais arriscado para o grande classificado, nas quartas de final.

Ganhou do São Paulo só por 1 a 0 apesar de ter merecido ganhar por mais e de ter perdido, antes da metade do primeiro tempo, o cérebro do time, o meia Vitinho.

Entre todos os Santos do Paulistinha, seja o Santo André, o São Bento, ou até mesmo o Água Santa, milagre mesmo quem faz é o São Bernardo.

A PM do DF

Foi tamanha a pasmaceira da Polícia Militar de Brasília para conter a confusão no clássico carioca entre Botafogo e Flamengo, com direito a invasores do gramado, que, sem concessões à impunidade, dá para entender a facilidade encontrada pelos vândalos no dia 8 de janeiro, quando mais que o gramado, foram invadidas as casas dos Três Poderes.

O contingente destacado para dar segurança no Mané Garrincha parecia uma tropa de parvos de capacetes e cassetetes.

E a SAF botafoguense bem que poderia contratar um psicólogo para tratar as cabeças de um bando de marmanjos descontrolados diante da garotada do time B rubro-negro.