Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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Julio Abramczyk

Dor de cabeça em crianças e adolescentes

Transição para a adolescência é um período crítico e sensível para o neurodesenvolvimento

Muitas vezes, crianças e adolescentes causam dor de cabeça aos adultos.

Por outros motivos, eles também podem sentir esse desconforto, um problema para neurologistas pediátricos e especialistas em enxaqueca tratarem.

Para a professora Sophie Louise Wilcox, da Universidade Harvard, EUA, a transição da infância para a adolescência é um período crítico e sensível para o neurodesenvolvimento, em particular para desordens neurológicas como a enxaqueca.

Foto abstrata de fogos de artifício, representando a dor de cabeça
Foto abstrata de fogos de artifício, representando a dor de cabeça - inabstracting/Flickr

Na revista Cephalalgia deste mês, ela destaca que, em crianças, a proporção de enxaqueca presente é de um para um, sem diferenças relacionadas ao sexo; nos adolescentes é de dois para um, com predominância para as meninas, sendo que muitas também apresentam ansiedade.

Há mais de 20 anos, L. M. Barea, M. Tannhauser e N. T. Rotta, da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre e da Santa Casa de Porto Alegre (RS), publicaram estudo precursor na mesma revista sobre a presença de enxaqueca em crianças e adolescentes.

Observaram a mesma prevalência no grupo feminino, com base em 538 escolares com idades entre 10 e 18 anos.

Anotaram que nas 24 horas anteriores ao exame, 8,9% deles sofreram de enxaqueca; na última semana, 31,4%; no último ano, 82,9%.

Os autores destacam no artigo publicado em 1996 a alta presença de cefaleia e enxaqueca neste grupo populacional, o que requer maior atenção das autoridades da saúde pública.

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