Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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Julio Abramczyk

Acidentes com bicicletas

Capacetes protegem cabeça, mas lesões faciais ainda causam preocupação

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A bicicleta é presença constante em nosso meio. Começou como atividade esportiva, passou para os passeios nas férias e está atualmente consolidada no transporte para o trabalho.

Pedalar é uma atividade saudável mas também oferece riscos que precisam ser contornados.

Ciclista na ciclovia da avenida Brigadeiro Faria Lima
Ciclista na ciclovia da avenida Brigadeiro Faria Lima - Diego Padgurschi/Folhapress

Para a Escola Norueguesa de Ciências do Esporte é indispensável o uso de capacete pelo ciclista. No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro em seu art. 105 torna obrigatório somente que a bicicleta tenha campainha, sinalização noturna e espelho retrovisor do lado esquerdo. Obriga apenas seu condutor a assinalar quando se dirige para a esquerda ou à direita.

Uma análise sobre 85.187 acidentes de bicicleta foi publicada na revista científica Jama Otolaryngology – Head & Neck Surgery por Tania Benjamin e colaboradores.

Observaram que os capacetes reduziram as fraturas da cabeça em 52%, mas apresentaram menores taxas de proteção para lesões em face média e inferior, respectivamente 28% e 21%. Por isso, destacam que lesões faciais e suas graves sequelas são importante problema de saúde pública.

Na revista Ciência & Saúde Coletiva, Carlos A. Moreira de Sousa e colaboradores da Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz, referem que o país possui cerca de 48 milhões de bicicletas e que estudos indicam ser baixo o uso de capacetes pelos ciclistas em todo o mundo.

Daniel Knott, no artigo publicado na Jama, sugere um capacete de rosto inteiro ou um com barra no queixo. Mas além de ser desconfortável, ele diminui o campo de visão periférica. E também não há estudos sobre sua eficiência.

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