Para os médicos especialistas em doenças do sangue não é novidade. A hemocromatose, uma condição hereditária, pode ser tratada e suas consequências evitadas.
Ela provoca excesso de ferro no sangue e raramente seu diagnóstico é feito antes dos 20 anos.
Entre seus primeiros sinais estão fadiga, diabetes, artrite e doença hepática, quando a hemocromatose não é tratada precocemente, diz J. Tamosauskaite na revista Journals of Gerontology: Medical Sciences deste mês.
Os autores testaram em 200.975 voluntários entre 60 e 70 anos do Reino Unido a associação entre a mutação do gene da doença com fragilidade no idoso, sarcopenia (perda de massa e força muscular) e dor crônica em idade avançada.
Encontraram a doença em 1.312 participantes (0,65%), 593 homens (0,62%) e 719 mulheres (0,68%). A sobrecarga de ferro é progressiva, mas na mulher ocorre proteção pela perda sanguínea menstrual.
Segundo o Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos, a pesquisa mostra que a hemocromatose, anteriormente considerada de baixo risco para a saúde, na realidade quadruplica o risco de doença hepática e dobra o risco de artrite em idosos.
O diagnóstico da doença é feito a partir de exames de sangue para identificar aumento dos níveis de ferritina, entre outros testes.
O tratamento consta da retirada de sangue através de uma veia periférica, seguida por controle por exames de laboratório.
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