A cirurgia de correção da hérnia incisional no presidente Jair Bolsonaro parece simples, mas esse tipo de intervenção tem um histórico de surpresas e recidivas, por mais bem-sucedido que tenha sido o procedimento, como informou o primeiro boletim médico no domingo, dia 8 de setembro.
Segundo o boletim de terça (10), uma sonda nasogástrica foi colocada para retirar o ar presente no intestino do paciente. Ele apresentava distensão do estômago e intestino, confirmada por radiografia do abdômen, informou o médico Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo.
A distensão pode surgir devido à dor na incisão cirúrgica do abdômen, levando o paciente a expirações prolongadas. Em seguida, ao inspirar, o ar chega ao estômago e intestino, onde passa a acumular grande quantidade de ar. Dessa forma, surge a distensão abdominal provocada pela dilatação desses órgãos.
A ingestão de alimentos e água é evitada para impedir maior distensão abdominal e aliviar o desconforto que o paciente pode sentir.
A alimentação oral é substituída provisoriamente pela nutrição administrada pela veia.
Como Macedo referiu no domingo, após a operação foi implantada uma tela para reforçar o reparo da hérnia.
Esse tipo de tela foi introduzido em 1958, e nesses pouco mais de 60 anos a técnica operatória de seu emprego foi sendo aperfeiçoada e houve uma importante diminuição no índice de recidivas de hérnias incisionais.
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