Alguns anos antes da atual explosiva disseminação mundial do novo coronavírus, observou-se aumento das viagens aéreas em todo o mundo.
No Brasil, como registrou ontem a Folha, foram 63.112 voos domésticos em abril do ano passado contra os somente 5.715 voos no mesmo período deste ano.
Essa redução se deve à orientação das autoridades sanitárias para as companhias aéreas. Ela tem por base estudos sobre transmissão de vírus da gripe em aeronaves, um deles publicado na revista Epidemiology em 2016.
A pesquisa demonstra que as viagens aéreas estão associadas à disseminação de vírus emergentes iniciada através de sua transmissão a bordo. E também previa, há 4 anos, que os aviões poderiam atuar como “vetor principal quando ocorrer a próxima pandemia”.
Atualmente nas viagens aéreas, todos, tripulação e passageiros, usam obrigatoriamente máscaras, semelhantes às usadas pelos cirurgiões e enfermeiras nas salas de cirurgia.
Elas são colocadas no rosto das pessoas para cobrir a boca e o nariz e têm por função prevenir a contaminação pela Covid-19. E, também nos portadores da virose que ainda não apresentam os sintomas, evitam a sua disseminação.
O emprego da máscara facial começou em 1897 como nova estratégia de controle de infecções pelo cirurgião Johann Mikulicz, da Universidade de Breslau (atualmente Wroclaw, Polônia), com base nos conhecimentos divulgados em 1867 pelo cirurgião britânico Joseph Lister sobre assepsia.
Em lugar de eliminar os microrganismos patológicos com produtos químicos, mantinha-os eficientemente afastados com a máscara facial, como relatam Bruno J. Strasser e Thomas Schlich na revista The Lancet.
Na atual pandemia da Covid-19, autoridades sanitárias de quase todos os países recomendam o uso de máscaras, seja as de produção caseira de pano e reutilizáveis, as descartáveis e as especialmente indicadas para os profissionais da saúde em atendimento aos portadores do novo coronavírus.
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